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Política Quarta-feira, 23 de Abril de 2008, 10:00 - A | A

Quarta-feira, 23 de Abril de 2008, 10h:00 - A | A

Moka acha coerente aliança PMDB/PT

Da Redação (AR)

O deputado federal Waldemir Moka, presidente da executiva regional do PMDB, disse ontem que uma aliança entre o seu partido e o PT nas eleições municipais deste ano nas principais cidades de Mato Grosso do Sul seria coerente.

Segundo ele, a eventual aliança repetiria o acordo que existe no cenário nacional onde o PMDB aparece como principal partido de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.

"Seria sensato este entendimento, mas a decisão caberá aos Diretórios Municipais que têm autonomia para definir os rumos que o partido vai tomar em cada cidade", afirmou Moka.

Apesar de classificar como coerente uma possível aliança entre PMDB e PT nas eleições deste ano, o presidente da Executiva peemedebista acredita que este entendimento será difícil em redutos onde a disputa entre as duas legenda é histórica.

"Em Dourados, por exemplo, existe uma dificuldade muito acentuada em levar esta proposta adiante em virtude das posições que PMDB e PT defenderam ao longo dos anos, porém esta é uma hipótese que não deve ser descartada, mas em Campo Grande acho pouco provável que ocorra uma aliança neste sentido", afirmou Waldemir Moka.

A linha de raciocínio do presidente estadual do PMDB é semelhante ao que pensa o deputado federal Geraldo Resende, pré-candidato do partido a prefeito de Dourados. Na semana passada, por exemplo, Geraldo defendeu publicamente uma aliança do PMDB com o PT douradense.

"Entendo que a Executiva do meu partido precisa abrir urgentemente uma linha de conversação com o PT para repetir em Dourados o quadro que já existe no cenário nacional, onde o PMDB aparece como o principal aliado do presidente Lula na construção do projeto que está sendo bom para todo o Brasil", disse Geraldo.

No entendimento do deputado que está em pré-campanha e aguarda o resultado de uma pesquisa qualitativa e quantitativa para oficializar a candidatura, o momento requer uma aproximação na construção de uma aliança que pode, inclusive, antecipar 2010, quando PT e PMDB deverão marchar juntos nas eleições presidenciais.

"Precisamos superar divergências do passado para construir um projeto que coloque os interesses da cidade acima de vontades pessoais ou de partidos políticos, envolvendo os grandes desafios do segundo maior município de Mato Grosso do Sul", analisa.

Ontem, enquanto aguardava a chegada do governador André Puccinelli em Laguna Carapã, onde ocorreu a assinatura da ordem de serviço para retomada das obras de pavimentação asfáltica dos 20 quilômetros finais da MS-379, que liga o município à BR-463, o deputado falou sobre esta possibilidade.

"A aproximação do PMDB com o PT não pode ser vista com espanto, mesmo porque confirmaria algo que já existe no cenário nacional, mas volto a enfatizar que esta decisão passa pelos Diretórios Municipais, que são autônomos para levar as conversações adiante e discutir o que é melhor não para o partido, mas para os municípios", analisa Moka.

Quanto à possibilidade de o PMDB ficar fora da disputa em Dourados, o presidente da Executiva Estadual disse esperar que ocorra uma grande aliança entre PMDB, PSDB, PPS e DEM para formar uma chapa forte, capaz de chegar ao poder através de propostas sérias e viáveis.

"Torço pelo entendimento, mesmo porque este grupo não deve se dividir, já que todos perderiam com isto, mas também torço para que a cabeça de chapa fique com o PMDB, o que seria legítimo na atual conjuntura", finalizou Waldemir Moka. (Fonte: O Progresso)

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