A senadora Marina Silva (PV-AC), em visita a Campo Grande Ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PV-AC) criticou a situação atual dos partidos políticos brasileiros, aos quais definiu como “máquinas de discutir como ganhar o poder”. Ela também informou que sua busca por aliança não vai se limitar a procurar “tempo em TV” – o que seria, indireta para o acordo que Lula e o presidente do PMDB Michel Temer querem promover em âmbito nacional. Todavia, a pré-candidata à Presidência da República disse que pretende que o PV lance candidatura própria na maioria dos Estados.
“Essa questão [alinça entre legendas] não pode ser encarada apenas como um cálculo para saber quem tem mais tempo de TV na campanha”, afirmou, durante entrevista coletiva concedida no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no parque dos Poderes.
Marina enfatizou que sua presença em Campo Grande tem como agenda principal a palestra sobre a Amazônia sustentável que profere no '18º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. Mesmo assim, disse que a política será tema presente em encontro com lideranças. Porém, disse que falará disso no ano que vem com uma reunião específica, a ser marcada pelo presidente municipal do PV, vereador Marcelo Bluma.

Marina Silva durante palestra do simpósio realizado na Capital
Foto: Deurico/Capital News
Conversas
A ex-ministra do Meio Ambiente do governo de Luiz Inácio Lula da Silva disse que as conversas em torno de sua candidatura e alianças ainda estão “muito iniciais”.
Nesta terça-feira, ela começa a conversar com o PSOL, informou. Busca também apoio do PTB. Em Mato Grosso do Sul, ela afirma que os diretórios regionais têm autonomia, mas que, as conversas entre o PV e o PCdoB estariam avançadas.
Ela deu como exemplo seu Estado de origem, o Acre, onde afirmou que vai apoiar Tião Viana (PT) ao governo. “Eu vou apoiá-lo porque acredito e ele sempre esteve comigo. Mas, ele não vai poder me apoiar.”
Porém, ela ratifica que o maior apoio seria da sociedade não necessariamente dos partidos políticos. “A sociedade já está preparada. Quem elegeu um sociólogo e um operário tem condição de assenhorar-sede sua decisão.”
Marina enfatiza que não irá atacar o PT mesmo tendo deixado o partido por divergências. “Quando eu encontro com adversários, não é um confronto, é um encontro de ideias. Essa lógica de que tem que destruir para ganhar dividendos tem que ser sepultada. As críticas que eu fazia ao PT, fazia enquanto estava no PT e em quanto estava no governo. Mas, quanto ao lado social, não vejo nenhum problema em reconhecer os crescimentos.”(modificado às 14:07 para acréscimo de informações)
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)