Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 16 de Junho de 2025


Política Terça-feira, 20 de Maio de 2008, 16:07 - A | A

Terça-feira, 20 de Maio de 2008, 16h:07 - A | A

José Aparecido nega que tenha enviado e-mail para assessor de Álvaro Dias

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) (JG)

O ex-chefe de Controle Interno da Casa Civil José Aparecido Pires negou que tivesse encaminhado um e-mail com um anexo com a planilha de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), André Fernandes.

Ele disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos que foi informado que os dados realmente haviam saído de seu login e de seu e-mail na Casa Civil, mas que ele não tinha "memória" do envio dos dados.

"O laudo do ITI [Instituto de Tecnologia da Informação] concluiu que o relatório saiu da minha máquina e do meu e-mail, mas não tenho memória sobre isso", afirmou em depoimento à CPI dos cartões.

“A planilha e o e-mail saíram do meu login e do meu computador. Minha intenção em anexar era mandar apenas um arquivo word. Se anexei o arquivo excel não houve de imediato dolo. Se anexei, foi por engano ou descuido, uma falha humana, mas não admito e não admiti que mandei o referido e-mail por qualquer motivação", completou.

José Aparecido disse que a troca de e-mails com André foi apenas para assuntos pessoais. "Se tivesse a intenção de mandar qualquer tipo de dado, o faria por CD, disquete ou pen-drive. Na troca de e-mails, são e-mails pessoais e não há a mais leve noção de que poderia ser um dossiê para constranger a oposição", disse.

Ele também negou que tivesse admitido para André Fernandes, em almoço no Clube Naval, que a ordem para fazer o dossiê tivesse partido da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. "Nunca disse isso", afirmou.

Ele também procurou isentar de qualquer participação no caso a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Nunca, mas nunca mesmo, conversei sobre esse assunto com Erenice Guerra ou a ministra Dilma Rousseff", garantiu.

Em seu depoimento, André Fernandes disse que Aparecido admitiu que Erenice teria mandado fazer o suposto dossiê.

Aparecido depõe na CPMI protegido por habeas corpus dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e não é obrigado a responder as perguntas dos parlamentares.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS