Com a repercussão nacional do escândalo nos hospitais do Câncer e Universitário em Mato Grosso do Sul, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde foi tema de debate entre os deputados estaduais nesta quinta-feira (8). O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB) afirmou à imprensa que é favorável à instauração desta CPI.
“Uma CPI para apurar todo o sistema seria um fato determinante, porque a população implora por melhorias. A população reclama que chega ao posto de Saúde às cinco da manhã e sai sete horas da noite e às vezes não sendo atendido”, disse o presidente.
A ideia de uma CPI mais abrangente estava sendo vista pelo presidente como uma contraposta a uma segunda CPI dos hospitais do Câncer e do Universitário, visto que já foi instaurada outra pela Câmara de Vereadores de Campo Grande nesta semana.
Para Jerson, não é viável uma CPI específica a estes hospitais devido aos avanços das investigações e denúncias do Ministério Público, Polícia Federal e Controladoria Geral da União, com a Operação Sangue Frio.
“Neste momento, as investigações estão em estágio avançado e a CPI, no meu ponto de vista, seria inócua”, explicou. Jerson afirma que deverá ser instalada uma CPI com foco em apontar soluções para o sistema de saúde, seja na contratação de material humano, ampliação de leitos ou construção de unidades mistas.
“Devemos fazer algo que acharemos uma solução, assim como foi a CPI da Enersul que fizemos pela Assembleia que não foi um ‘caça às bruxas’, mas com foco em melhoria para população e hoje temos aí a redução da tarifa”, argumentou o presidente.
Os deputados estaduais Amarildo Cruz (PT), Lauro Davi (PSB) e outros 14 parlamentares convocaram para amanhã (9), das 14h às 18h, uma audiência pública na Assembleia sobre “A Terceirização dos Serviços de Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul”, que deverá resultar na CPI.
O debate foi proposto em abril, motivado pelo escândalo de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde da Operação Sangue Frio, que culminou na vinda do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e ' + tagP.innerHTML + '