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Política Quinta-feira, 06 de Julho de 2017, 11:33 - A | A

Quinta-feira, 06 de Julho de 2017, 11h:33 - A | A

CPI da Propina

JBS tem 30 dias para entregar documentos a CPI

Empresa havia solicitado prazo de 45 dias à Assembleia Legislativa

Maisse Cunha
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Frigorifico JBS

JBS

A J&F, holding que controla a JBS, tem mais 30 dias para entregar a documentação solicitada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) que apura suposto pagamento de propina em troca da concessão de incentivos fiscais no estado.


A empresa alegou que o prazo dado pela Comissão, que se encerrou na última segunda-feira (3), seria insuficiente para reunir os documentos solicitados, em função da demanda gerada por outros órgãos públicos após o acordo de colaboração premiada firmado por sete dos seus executivos, incluindo os donos, Joesley e Wesley Batista, com a Procuradoria-Geral da República (PGR).


Na tarde de ontem, foi realizada a terceira audiência da CPI. Na ocasião, os deputados Paulo Correa (PR), presidente da Comissão, Flávio Kayatt (PSDB), Paulo Siufi (PMDB) e Eduardo Rocha (PMDB) suspeitaram da autenticidade do ofício enviado pela J&F, que foi assinado pelo advogado Ricardo Cartner e  entregue à CPI pela advogada Fernanda Regina.


Fernanda, que estava presente na reunião, foi convocada, então, pelo deputado Paulo Corrêa, e afirmou que apenas foi contratada para entregar o ofício aos parlamentares. Na sequência, eles decidiram que a advogada teria o prazo de 24 horas para entrar em contato com Cartner e solicitar o envio da procuração, que a oficializasse como representante do advogado, na capital.


Ao final da reunião, todos os deputados integrantes da CPI, bem como os servidores da ALMS e auditores, designados a acompanhar as investigações entregaram um Termo de Confidencialidade em que se comprometem a resguardar o sigilo das informações.

Denúncia
Em delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os executivos da empresa denunciaram o pagamento de notas fiscais sem o devido fornecimento de bens ou serviços como contrapartida para conseguir as isenções junto ao governo do estado.
De acordo com os empresários, as notas, que somam valores superiores a R$45 milhões, seriam uma forma de acorbertar o pagamento de propina paga aos últimos três governadores de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

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