O ex-diretor do Hospital Universitário e a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul estão frente a frente na tarde desta quinta-feira (4), no plenário Erdoim Reverdito, na Câmara Municipal de Campo Grande. A acareação foi marcada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, instaurada para apurar irregularidades no tratamento do câncer na Capital.
José Carlos Dorsa, ex-diretor do Hospital Universitário (HU) chegou abatido à Casa de Leis, e segundo ele, por orientação de seus advogados, não conversou com a imprensa.
A reitora da UFMS, Célia Maria Silva Correa Oliveira, também chegou abatida e afirmou que não tem nenhuma outra relação com Dorsa, a não ser a acadêmica, e que irá aguardar uma decisão final para tirar suas conclusões sobre a gestão de José Carlos Dorsa, e que não se arrepende de ter nomeá-lo como diretor do HU.
O plenarinho está lotado nesta tarde, com vários pró-reitores da UFMS, em apoio à Célia Maria. Acadêmicos e técnicos também acompanham a acariação, que começou a poucos minutos.
O Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul (SISTA/MS), colocou uma faixa em apoio às servidoras Silmar de Fátima Lima Ramos e Regina Borges Prestes César, física médica que denunciou que sofreu ameaças de Dorsa. Na faixa, os manifestantes escreveram: “O poder e o interesse pessoal matam a esperança da vida”, e afirmam que são solidários às servidoras e reivindicam o funcionamento da radioteraía no HU.
Segundo Carlos Simões, servidor do CCBS da UFMS, existe nove servidores especializados em radioterapia, mas que estão parados. O servidor também disse que já havia denunciado várias vezes, a reitora da UFMS, Célia Maria pelas ações de improbidade administrativa do ex-diretor, além de outras fraudes. “Este protesto é para dizer que somos contra toda essa corrupção no HU e na UFMS”, afirmou Simões.
A CPI da Saúde é composta pelos vereadores Flávio César (PT do B), Carla Stephanini (PMDB), Alex do PT, Coringa (PSD) e Cazuza (PP).