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Política Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2010, 19:08 - A | A

Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2010, 19h:08 - A | A

Fiems busca apoio no Congresso contra a PEC que reduz jornada de trabalho

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, condenou nesta terça-feira (23/02), durante reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF), a possibilidade de votação, no plenário da Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a diminuição dos salários, e eleva o valor da hora extra. “Este não é um bom momento para tratar desse tema, pois vamos entrar em período eleitoral e o debate pode ser politizado”, analisou, argumentando que a mudança prevista é inoportuna e inadequada.

Segundo Sérgio Longen, o melhor caminho a ser seguido no momento é deixar essa discussão para o próximo ano. “A indústria tem papel estratégico no processo de recuperação econômica e, além disso, essa PEC está sendo inserida no ambiente de um ano pré-eleitoral”, esclareceu, completando que a tentativa de implementar as medidas da PEC caminha na direção contrária a todas as medidas até agora tomadas pelo Governo Federal e também pelos governadores direcionadas a reduzir a carga tributária para impedir o desemprego e manter a produção.

“Estamos preocupados com a manutenção dos empregos dos trabalhadores. Ninguém vai conseguir arcar com os custos desta Proposta, sem promover reajustes no seu quadro funcional”, avisou o presidente da Fiems, completando que está errado reduzir a jornada pela via da imposição legal, pois vai equiparar uma pequena empresa de confecção a uma empresa intensiva em capital.

Liderados pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, os dirigentes da indústria estão visitando, na tarde desta terça-feira, as lideranças dos partidos políticos na Câmara Federal para argumentar ser inoportuna a votação da PEC em uma conjuntura de recuperação da indústria e do emprego como a atual. “Colocar na pauta do plenário da Câmara a votação da PEC da redução da jornada é uma manobra claramente eleitoreira dos dirigentes sindicais trabalhistas”, disse Armando Monteiro.

Para o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, como o País está em ano eleitoral, há uma confusão sobre o verdadeiro interesse de se reduzir a jornada. “A jornada média brasileira já é de 41 horas semanais. Se houver imposição de redução da jornada, setores intensivos de mão-de-obra, como têxtil e calçado, e empresas de menor porte, vão ser muito prejudicados. A PEC, em vez de gerar empregos, pode gerar desemprego”, assinalou. (Com informações da Assessoria)

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