Foi publicado nesta sexta-feira (26) o contrato bilionário em que o Consórcio Guaicurus, formado por empresas que já atuam em Campo Grande, firmou com a Prefeitura após vencer processo licitatório da exploração do serviço de transporte público da capital com oferta de R$ 20 milhões. Em 20 anos, o edital prevê que a empresa vencedora fature R$ 3,4 bilhões. Circulam pela capital atualmente 539 ônibus que transportam em média 219 passageiros diariamente.
O consórcio terá que investir R$ 800 milhões no transporte coletivo, sendo R$ 40 milhões imediatos. O edital também prevê a implantação do sistema de informações georreferenciadas, padronização das estações de pré-embarque e disponibilização de mais ônibus, todos com acessibilidade e câmeras de monitoramento.
A disputa era entre o Consórcio Guaicurus e a empresa Auto Viação Redentor, com sede em Curitiba (Paraná). O consórcio é composto pela Viação Cidade Morena, Viação São Francisco, Jaguar Transportes Urbanos e Viação Campo Grande, que, atualmente, formam a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Assetur). A associação ainda conta com a Serrana, que não participou da disputa, mas que opera atualmente.
O investimento para a ampliação da frota foi calculado em R$ 63,2 milhões. Dos 173 novos veículos, 16 são executivos, 137 básicos e 20 articulados. Ainda segundo o edital, 10% da frota deve ficar de reserva, ou seja, dos 575 veículos, 518 de fato irão circular. Serão 50 ônibus articulados, 23 ônibus executivos, 9 miniônibus convencional e 493 veículos básicos.
Campo Grande tem a segunda tarifa de ônibus mais cara entre as capitais brasileiras e também mantém a gratuidade da passagem para os estudantes, tanto da rede pública quanto da rede particular de ensino, até mesmo aos que cursam o nível superior.