O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) apresentou, na sessão desta quarta-feira (4), à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, requerimento para detalhar os cerca de R$ 380 mil gastos nos seis meses de trabalho da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, instalada na Casa. Em 2007, a CPI da Enersul gerou despesas de R$ 11,275 mil e resultou na redução de 24,71% da tarifa de energia e na devolução de R$ 191 milhões aos consumidores.
“Pela transparência, moralidade e a publicidade dos gastos do erário público, essa medida se faz necessária”, justificou Marquinhos. Neste sentido, ele cobra o nome dos contratados para prestar serviço na CPI, diferenciando servidor comissionado da Casa, do contratado temporário. Também solicita a relação das cidades que foram visitadas, bem como o detalhamento das diárias pagas com hospedagem, alimentação e transporte.
Além disso, o deputado quer saber o período de atuação e o nome do consultor de São Paulo, contratado para trabalhar na comissão. Segundo entrevistas do presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), somente com o profissional foram gastos R$ 70 mil. Marquinhos também cobra o detalhado das despesas com o setor gráfico e a comprovação de todos os gastos por meio das respectivas notas fiscais e a justificativa das escolhas de determinadas empresas.
A CPI da Saúde percorreu 11 cidades e analisou aproximadamente 70 mil páginas de documentos. “Também em seis meses, a CPI da Enersul visitou 31 municípios e estudou 100 mil páginas”, comentou Marquinhos. Ainda segundo ele, a comissão, na qual atuou como relator, contratou apenas um economista. “Outros nove técnicos do meu gabinete atuaram na investigação, mas essas pessoas já recebem pela Assembleia”, finalizou.