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Política Terça-feira, 03 de Junho de 2014, 08:13 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2014, 08h:13 - A | A

CPI da Folia pode investigar processos da FUNDAC

Malu Cáceres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Será apresentado nesta terça-feira o pedido oficial da abertura da CPI da Folia, que investigará os gastos da Fundac com os pagamentos de atrações artísticas e culturais e o não pagamento de diversas atrações. Irregularidades foram apresentadas pela atual presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), Juliana Zorzo, durante audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (02), na Câmara Municipal

“Não tem jeito, diante dessas irregularidades, desses números, será preciso abrir sim a CPI e investigar o que foi levantado, é muito dinheiro. Parece que fizeram uma verdadeira folia com o dinheiro público”, constatou o vereador Chiquinho Telles (PSD), presidente da Comissão de Cultura.

De acordo com a presidente da fundação, foram encontradas várias irregularidades. “Assumimos a Fundac no dia 1° de abril e fizemos um relatório de tudo que estava acontecendo. Conseguimos levantar algumas irregularidades e enviamos o relatório para Procuradoria Geral do Município, que nos orientou a encaminhar o mesmo relatório ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público. O Tribunal de Contas nos respondeu afirmando que há indícios de inúmeras irregularidades, superfaturamentos, pagamentos sem empenho e que o processo está sendo distribuído para um conselheiro que abrirá uma investigação sigilosa”, explica Juliana Zorzo.

Segundo a presidente, foi enviado ao TCE-MS um relatório, com diversos itens irregulares, como por exemplo: contratação superfaturada, como é o caso do cantor Peninha, contratado por R$ 47.500,00, sendo que há menos de um ano ele foi contratado por R$ 20 mil. Há irregularidades também na contratação da banda Terrasamba, que recebeu R$ 231 mil, sendo um cachê de R$ 55 mil, mais o valor da produção, passagem, transporte, translado. Só em passagens foram R$ 26 mil, mais R$ 65 mil de estrutura, sendo que a Prefeitura tem contrato de estrutura.

“Ou seja, a Fundac pagou para eles R$ 65 mil pela estrutura, mas a Prefeitura que fez a estrutura, então porque que pagou? Com o som também foi a mesma coisa. O processo do Carnaval é um pouco mais complicado, porque sumiu o processo referente ao Carnaval. Ficamos preocupados com isso, porque todo evento tem um processo. Foram pagos R$ 632 mil no Carnaval, mas o processo foi extraviado. Esses processos foram feitos pela empresa Eco Vida, que descobrimos que é uma empresa de plantio de grama. Em apenas 65 dias eles receberam R$ 1.505.000,00, sendo R$ 800 mil pela Fundac e mais R$ 616 mil pela Segov. Queremos resolver isso da melhor forma possível. Nós pagamos quem deu para pagar. Quem não tinha contrato, não pode receber, por uma questão legal e estamos tentando resolver isso”, afirmou ela durante a audiência pública.
 

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