A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga indícios de improbidade administrativa na prefeitura de Corumbá afirma ter descoberto forte indício de um golpe milionário por meio de empréstimo consignado em nome de servidores públicos.
O presidente da CPI, Oséas Ohara de Oliveira (PMDB), recebeu a denúncia de empréstimos em nome de pelo menos 200 funcionários comissionados (nomeados) - sem que a transação bancária aparecesse nos contracheques dos supostos beneficiados.
Pessoas do alto escalão da prefeitura estariam envolvidas no golpe, responsável por desviar R$ 5 milhões. “São denúncias gravíssimas de claro desvio de recursos públicos”, disse o presidente da CPI.
De acordo com o site Diarionline, o vereador apresentou um requerimento solicitando a secretaria municipal de Finanças e Administração as cópias dos empréstimos consignados autorizados pelo setor de recursos humanos.
O presidente da CPI informou ainda que irá formular a denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal. “Trata-se de mais um indício de roubalheira na prefeitura, que precisa ser apurado”, disse.
Decoada
A criação da comissão foi provocada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Por meio de um comunicado à presidência da Casa de Leis, o promotor de Justiça Luciano Anechini Lara Leite informou ter apurado favorecimentos a empresas, direcionamento e fraude em licitações, uso de documentos falsos e falsidade ideológica em contratos firmados pela prefeitura.
Na operação Decoada, da Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá chegou a ser fechada e quatro pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no grupo criminoso que atuava na administração municipal. Entre os detidos estavam o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa, e o assessor especial Carlos Porto. Todos foram soltos.