O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não respondeu as perguntas dos parlamentares na Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele preferiu ficar calado. Por conta disso, a reunião desta terça-feira (22) foi encerrada e a CPI do Cachoeira deverá remarcar a audiência com o personagem central do escândalo político.
Ao usar insistentemente o direito constitucional de ficar calado, Cachoeira incomodou os parlamentares e chegou a ser, ofendido por alguns, como o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que o chamou de "marginal".
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) afirmou que o empresário era uma "múmia" e "chefe de quadrilha", e fazia os membros da CPI de "palhaços" ao ficar calado.
De acordo com o site Folha.com, o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), vai tentar marcar uma nova data para o depoimento, para depois que Cachoeira depor à Justiça, o que deve acontecer depois do dia 1º de junho.
Logo no início da sessão da CPI, Cachoeira já havia avisado que ficaria calado e que responderia a perguntas só depois de sua audiência na Justiça. "Tenho muito a dizer depois da minha audiência, pode me convocar", disse.
A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com empreiteiras e políticos. Ele é apontado como chefe de um esquema de contravenção.