Em reunião com o primeiro escalão do governo da presidenta Dilma Rousseff, no dia 8 de agosto, em Brasília (DF), o prefeito Alcides Bernal (PP) pediu R$ 613 milhões para aplicar na mobilidade urbana de Campo Grande, pacotão que deve ser divulgado durante as comemorações do aniversário de 114 anos da cidade. A presidenta decidiu priorizar o setor e anunciou investimento de R$ 50 bilhões, após as manifestações populares.
Na lista de projetos, está a reivindicação de R$ 380 milhões para construir um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Terminal Guaicurus até o Aeroporto Internacional, e passando pela Orla Morena.
O plano é aproveitar os trilhos de antigo trajeto de trem para realizar a obra. Apesar de não precisar desapropriar a área, é o alto custo do investimento dos 13 quilômetros de trilhos. Os gastos serão entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões por quilômetro.
O secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, também disse que foi apresentado projeto de RS 30 milhões para construir viaduto na Via Parque, entre a Avenida Mato Grosso.
Outra proposta é realizar a Central de Monitoramento e Gestão da Mobilidade, com investimento de R$ 70 milhões, com a instalação de um sistema de inteligência no trânsito campo-grandense, o qual planejaria o tempo dos semáforos e definiria as prioridades, como a Onda Verde para o transporte coletivo.
Ainda, a Prefeitura pediu R$ 70 milhões para pavimentar cem quilômetros de vias de ligação aos bairros: ruas como a Spipe Calarge, Itamaracá, Euler de Azevedo, Mascarenhas de Morais, Marquês de Lavradio e Tiradentes, entre outras.
Por último, Bernal solicitou R$ 20 milhões para investir em sinalização.
Facilidades
Para garantir o início das obras em 2014, último ano de seu mandato, Dilma abriu algumas exceções para melhorar o tramite dos projetos, como abrir o processo licitatório sem a apresentação de projeto executivo.
Outra novidade é a possibilidade de o valor do empréstimo ultrapassar a capacidade de endividamento dos municípios.
Pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Pavimentação está confirmado a Campo Grande investimento de R$ 285 milhões, e mais R$ 180 milhões por meio do PAC Mobilidade.
Somando os projetos, a Capital teria pouca margem de endividamento, que não seria mais um obstáculo, informou o secretário.