A nova rodada da pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revela um cenário inédito desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma eventual disputa de segundo turno nas eleições de 2026, o presidente aparece com 41% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que registra 40%. Em dezembro do ano passado, Lula tinha 26 pontos de vantagem sobre o adversário.
O levantamento reforça a tendência de crescimento da oposição e evidencia o desgaste eleitoral do petista. “Pela primeira vez, a rejeição ao governo começa a se converter em rejeição direta a Lula”, aponta o relatório da pesquisa, que também testou outros nomes.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem 39%, contra 43% de Lula, outro empate técnico. Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, pontua 38% contra 40% do presidente. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, aparece com 33%, enquanto Lula marca 42%. Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, também cresce: tem 33% ante 43% do presidente.
Até mesmo Jair Bolsonaro, apesar de inelegível, empata com Lula com 41% para cada, repetindo o cenário da eleição de 2022. Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não registra o mesmo desempenho: segue 10 pontos atrás do petista, sem variações recentes.
Outro nome testado pela primeira vez, o governador Eduardo Leite (PSDB), aparece com 36%, ante 40% de Lula, mostrando competitividade semelhante à de outros nomes da direita.
Segundo a Quaest, o desempenho dos opositores está diretamente ligado à queda do desconhecimento. Tarcísio viu sua taxa cair de 45% para 39% em cinco meses. Ratinho passou de 51% para 48%, Caiado de 68% para 62%, e Zema de 62% para 60%.
Além da rejeição ao governo, a pesquisa aponta sinais de fadiga política entre o eleitorado. Para 66% dos brasileiros, Lula não deveria tentar a reeleição. No campo oposto, 65% defendem que Jair Bolsonaro abra mão de uma nova candidatura.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1º de junho de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.