Em maio, o custo da cesta básica em Campo Grande foi de R$ 789,42, o que representa 56,22% do salário mínimo vigente, de R$ 1.518. Isso significa que mais da metade da renda de quem recebe esse valor foi usada apenas para comprar os alimentos básicos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (6) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
Houve uma queda de 1,95% no preço da cesta em relação a abril, quando custava R$ 805,08. Já a cesta básica familiar, destinada a quatro pessoas, teve valor de R$ 2.368,26 em maio. No acumulado de 2025, a alta foi de 2,48%, a segunda maior entre as capitais brasileiras, ficando atrás apenas de Belém (PA). Nos últimos 12 meses, a alta foi de 5,47%.
Entre os produtos com maiores quedas em maio estão o tomate (-20,48%) e o arroz (-9,58%). A banana (-4,49%), o feijão carioquinha (-0,58%), o açúcar cristal (-3,39%), o leite (-1,85%) e a manteiga (-0,44%) também apresentaram redução. Em contrapartida, o pão francês (2,65%) e a farinha de trigo (1,19%) subiram. A batata teve alta de 13,20%, e o café subiu 7,24%, acumulando 110,58% de aumento em 12 meses.
Para comprar a cesta básica, o trabalhador precisou cumprir uma jornada de 114 horas e 25 minutos em maio — 2 horas e 16 minutos a menos que em abril. Em relação a maio de 2024, a jornada caiu 2 horas e 12 minutos. O cálculo considera o desconto de 7,5% do salário mínimo destinado à Previdência Social.
