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Política Sexta-feira, 19 de Julho de 2024, 10:44 - A | A

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Habitação

Campo Grande enfrenta crise habitacional com mais de 70 mil pessoas em favelas

Pré-candidato do PSDB à Prefeitura, Beto Pereira, propõe união entre município, estado e governo federal

Vivianne Nunes
Capital News

Levantamento da Central Única das Favelas (Cufa) revelou que Campo Grande, a capital do Mato Grosso do Sul, possui atualmente 55 favelas abrigando 46 mil famílias, totalizando mais de 70 mil pessoas vivendo em condições precárias. Esse número cresceu significativamente nos últimos dez anos, revertendo a condição anterior da cidade, que era a única capital sem favelas no Brasil durante as gestões de André Puccinelli e Nelson Trad.

Divulgação

Capital enfrenta crise habitacional com mais de 70 mil pessoas em favelas

Beto Pereira

Para o deputado federal Beto Pereira, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Campo Grande, a situação é inaceitável. “É revoltante, é desumano que 33% dos moradores de Campo Grande, uma cidade com quase um milhão de habitantes, ainda não tenham a clara oportunidade de acesso à casa própria”, disse Pereira, ressaltando a urgência de ações concretas para resolver a crise habitacional.

As favelas, caracterizadas por ocupações irregulares de terrenos públicos ou privados, apresentam um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e estão localizadas em áreas com restrições à ocupação. Essas condições expõem milhares de famílias a riscos constantes, como a falta de saneamento básico e a proliferação de doenças.

A coordenadora da Cufa Campo Grande, Letícia Polidório, destacou que a vulnerabilidade social nas favelas favorece acidentes domésticos e doenças. “A falta do gás de cozinha, por exemplo, leva uma mãe a acender o fogo de forma improvisada. As crianças, expostas a áreas onde proliferam o acúmulo de lixo e falta saneamento básico, ficam expostas a todo tipo de doença”, explicou Polidório.

Campo Grande enfrenta um déficit habitacional de mais de 30 mil unidades, com muitas famílias incapazes de pagar aluguel. Para Beto Pereira, garantir moradia adequada é fundamental para promover a dignidade e os direitos dos cidadãos. “Proporcionar moradia própria àqueles que mais necessitam é assegurar dignidade a essas famílias. Durante meu mandato como prefeito em Terenos, conseguimos construir 500 casas populares. Ao considerar as dimensões e recursos disponíveis em Campo Grande, essa iniciativa se traduziria em um potencial de 30 mil novas moradias”, destacou.

Pereira enfatizou a necessidade de parcerias entre governo federal, estadual e municipal para resolver a crise habitacional. “É preciso planejar, é preciso cuidar, é preciso tratar bem da cidade e dos direitos de quem vive e trabalha nela. É preciso fazer, agir, governar”, afirmou, concluindo que a ausência de esforços do município e a falta de busca incansável por recursos agravam o problema.

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