O deputado Coronel David (PL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa (Alems) hoje para denunciar um suposto envolvimento de entidades ligadas à Igreja Católica no financiamento do transporte de indígenas que participaram da invasão e destruição da Fazenda Ipuitã, em Caarapó, no último sábado. “Neste final de semana, mais uma vez, uma propriedade rural em Mato Grosso do Sul foi invadida e destruída por marginais. Houve uma tramoia política por trás disso, uma articulação que precisa ser exposta e investigada”, declarou o deputado, que exibiu documentos que comprovariam o pagamento do transporte dos indígenas até a fazenda, custeado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Minha tristeza e constrangimento são enormes ao ver uma organização ligada à Igreja Católica financiar ações criminosas. É uma vergonha para todos nós católicos”, disse.
O deputado, que preside a Comissão de Segurança Pública e coordena a Frente Parlamentar Invasão Zero da Assembleia, declarou ainda ter havido uma briga política na escolha do cargo de coordenador da Funai em Dourados. “Houve uma sabotagem política dentro da Funai, com a tentativa de nomear pessoas ligadas a movimentos radicais. A nomeação para a coordenadoria da Funai em Dourados foi o estopim dessa invasão, que resultou na destruição total da fazenda”, disse David.
Coronel David apresentou dois requerimentos cobrando providências imediatas das autoridades. O primeiro, encaminhado ao superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Carlos Henrique Cotta Dangelo, solicita investigação sobre o possível financiamento da invasão e a identificação dos responsáveis. O segundo, enviado ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, pede a instauração de inquérito para apurar crimes como dano ao patrimônio, incêndio criminoso, furto e roubo de animais, crimes ambientais e tentativa de homicídio contra policiais militares. “Não se trata de uma simples disputa por terra. O que aconteceu em Caarapó foi um atentado contra a lei, a propriedade privada e o direito de famílias que tiveram sua vida inteira destruída”, concluiu.
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