A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal de Campo Grande ouviu, na última quarta-feira (21), o ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior. A oitiva teve como objetivo esclarecer pontos relacionados à fiscalização do contrato entre o Município e o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público da Capital.
Durante o depoimento, Odilon explicou a metodologia usada pela Agereg para calcular reajustes tarifários e detalhou os critérios e mecanismos de controle aplicados ao consórcio. “Adverti o Consórcio e intimei para apresentar um plano de troca dos veículos com idade avançada, mas não obtive retorno,” afirmou o ex-diretor.
Odilon destacou que, em sua gestão entre 2021 e 2024, a agência emitiu uma advertência ao Consórcio por descumprimento da idade média da frota. “Essa advertência surtiu efeito, pois eles adquiriram 71 novos ônibus,” declarou. Mesmo assim, ele informou que o consórcio não entregou o plano de renovação da frota solicitado.
Os vereadores da CPI questionaram possíveis falhas na fiscalização e decisões da gestão que impactaram os usuários. Odilon reafirmou: “Intimei o Consórcio a apresentar um cronograma para renovação da frota, mas o documento não foi entregue até o fim da minha gestão, em dezembro do ano passado.”
A CPI continuará com as oitivas para aprofundar a análise da execução do contrato e da qualidade do serviço prestado à população. O próximo a depor será o ex-diretor-presidente da Agereg, Vinicius Leite Campos, na segunda-feira (26), às 14h, no plenarinho Edroim Reverdito.