Campo Grande 00:00:00 Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025


Judiciário Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 09:42 - A | A

Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 09h:42 - A | A

Mobilização

Indígenas protestam no STF contra marco temporal que limita terras originárias

A mobilização ocorre em Brasília, onde as lideranças cobram o julgamento dos recursos que contestam a constitucionalidade da norma.

Viviane Freitas
Capital News

Indígenas dos povos Kaingang, Xokleng, Guarani e Kaiowá promoveram nesta quinta-feira (2) um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manifestar sua oposição à Lei 14.701/2023, que institui o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A mobilização ocorre em Brasília, onde as lideranças cobram o julgamento dos recursos que contestam a constitucionalidade da norma.

Kretã Kaingang, um dos líderes presentes, afirmou que “a lei ataca todos os direitos e muda todo o Artigo 231 [da Constituição], que garante os direitos originários aos nossos territórios”. Para ele, o marco temporal é uma afronta que fortalece um dispositivo que tem dizimado os povos indígenas no Brasil. “Essa lei é responsável pelo atual clima de violência nas comunidades”, acrescentou.

Conselho Indigenista Missionário

Indígenas protestam no STF contra marco temporal que limita terras originárias

..

O marco temporal estabelece que indígenas só têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial naquela época. Embora o STF tenha declarado essa tese inconstitucional em setembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial e manteve a validade da lei em dezembro.

Durante o mês de outubro, as comunidades indígenas permanecem mobilizadas em razão da posse do ministro Edson Fachin na presidência do STF e dos 37 anos da Constituição. Kretã destacou a importância desse momento: “É necessário que a gente faça a luta este ano para que seja pautado pelo presidente que assumiu nesta semana a questão da inconstitucionalidade da Lei 14.701, para colocar um ponto final no marco temporal e para que o nosso povo possa ter paz”.

Recentemente, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) abandonou uma audiência de conciliação no STF após o ministro Gilmar Mendes rejeitar o pedido de suspensão do marco temporal. A controvérsia sobre a demarcação continua sendo uma das principais pautas de disputa entre indígenas, governo e o Legislativo.

Conselho Indigenista Missionário

Indígenas protestam no STF contra marco temporal que limita terras originárias

..

Álbum de fotos

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Conselho Indigenista Missionário

..

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS