Álvaro Rezende/Secom

Integração continental: autoridades destacam impacto da Rota Bioceânica em visita às obras
Autoridades brasileiras e paraguaias vistoriaram a construção da ponte binacional da Rota Bioceânica, ligando Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (PY), considerada estratégica para integração sul-americana e acesso mais rápido aos mercados asiáticos.
“O projeto vai encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros a rota marítima das exportações brasileiras, principalmente das regiões Sudeste e Centro-Oeste, para a Ásia”, destacou o governador Eduardo Riedel. Segundo estimativas, uma viagem para a China pode ter redução de 23% no tempo, equivalente a 12 a 17 dias a menos.
A obra principal, com 80% dos trabalhos concluídos, conta com mais de 400 trabalhadores e investimento de R$ 575,5 milhões (US$ 93 milhões), financiados pela administração paraguaia da Itaipu. No lado brasileiro, a construção do acesso ligando a BR-267 à ponte está orçada em R$ 472 milhões e inclui a alça de 13,1 km, o contorno rodoviário de Porto Murtinho e o Centro Aduaneiro, com previsão de conclusão em 26 meses.
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Integração continental: autoridades destacam impacto da Rota Bioceânica em visita às obras
“Este sonho está avançando e próximo de se tornar realidade. Brasileiros e paraguaios vão estar ainda mais juntos com essa obra emblemática”, afirmou o presidente do Paraguai, Santiago Peña.
No lado paraguaio, está sendo pavimentado um trecho de 3,8 km da rodovia PY15, com investimento estimado em US$ 15 milhões, conectando a ponte à Rota Bioceânica. A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, ressaltou a importância do empreendimento para o desenvolvimento social e econômico da região.
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O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, destacou que a obra terá impacto direto na geração de empregos e renda para a população local. O consórcio binacional deve concluir a ponte até o primeiro semestre de 2026, consolidando a infraestrutura da estrada que ligará o Brasil ao Chile.