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Executivo Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025, 13:54 - A | A

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Malha Oeste

Ferrovia desativada há 30 anos retorna à agenda com nova concessão

Trecho entre Corumbá e Mairinque volta ao debate com edital previsto para abril

Viviane Freitas
Capital News

A recuperação da Malha Oeste, desativada há cerca de 30 anos, ganhou novo fôlego com o plano ferroviário que o Ministério dos Transportes deve divulgar nos próximos dias. O trecho, que liga Corumbá a Mairinque, será o segundo a ir a leilão e tem edital previsto para abril de 2026. Segundo o governo, “a retomada é estratégica para o escoamento de minérios e combustíveis”, reforçando o potencial logístico de Mato Grosso do Sul.

A proposta integra um pacote nacional de oito ferrovias que serão concedidas ao setor privado a partir de meados do próximo ano. O investimento estimado para os 1.593 quilômetros da Malha Oeste soma R$ 35,7 bilhões em obras e R$ 53,5 bilhões na operação. A concessão será válida por 57 anos e inclui 600 quilômetros dentro de Mato Grosso do Sul. “Há uma demanda histórica pela reativação desses trilhos”, reiterou o Ministério dos Transportes.

O governador Eduardo Riedel destacou, em evento recente, que a reativação ferroviária será decisiva para a mineração, que hoje depende do Rio Paraguai e da BR-262 para escoar a produção. “Atualmente são 12 milhões de toneladas transportadas, com possibilidade de chegar a 30 milhões”, afirmou. A Bolívia também acompanha o tema com interesse, já que o modal pode ampliar a integração regional.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, chamou a atenção para os gargalos na infraestrutura de transporte que limitam a competitividade do Estado.

Segundo ele, a chamada Malha Oeste ainda é um dos principais entraves logísticos para acompanhar o desenvolvimento das exportações da nossa Agroindústria, no crescimento do Vale da Celulose e a chegada da Rota Bioceânica no Mato Grosso do Sul.

A atual concessão, operada pela Rumo Logística, vence no próximo ano. O TCU avaliou a possibilidade de reformar o contrato, mas concluiu que a alternativa mais adequada é uma nova licitação, devido ao desgaste dos trilhos, trechos ociosos e necessidade de troca de bitolas. Além da Malha Oeste, o plano federal prevê leilões para o EF-118, o Corredor Leste–Oeste, o Ferrogrão e trechos no Sul e no Norte, que somam mais de R$ 656 bilhões entre obras e operação.

Arquivo/Portal MS

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