A Prefeitura de Campo Grande prevê um reforço de aproximadamente R$ 50 milhões na arrecadação do IPTU 2026 após a redução do desconto para pagamento à vista, que passou de 20% para 10%. A estimativa foi apresentada pela secretária municipal de Fazenda, Márcia Hokama, durante reunião na Câmara Municipal nesta terça-feira (18).
O novo percentual faz parte do Decreto nº 16.443, publicado em 12 de novembro, que também definiu o reajuste de 5,32% no imposto com base no IPCA-E. Segundo Hokama, o abatimento de 20% gerava impacto anual significativo nos cofres públicos. “Esse desconto de 20% gira em torno de 100 milhões de reais, o que representa a menos no cofre público”, explicou.
A secretária destacou que poucas capitais mantêm reduções tão elevadas e citou o alinhamento da política municipal com práticas nacionais. “A política de 20% ao ano dentro das capitais quase não existe. Precisávamos alinhar, e essa questão foi bastante debatida entre nós na Secretaria da Fazenda. Os 10% ainda são uma garantia de um pagamento bom à vista”, afirmou.
Hokama também reforçou que a decisão buscou equilíbrio fiscal sem recorrer a aumentos bruscos de impostos. Segundo ela, a análise interna antecedeu o envio da proposta ao prefeito, com o objetivo de manter benefícios ao contribuinte sem comprometer a capacidade financeira do município.
Com a mudança, o pagamento do IPTU 2026 à vista poderá ser feito até 12 de janeiro, com desconto mantido para quem está adimplente. O parcelamento permanece disponível em até 12 vezes, e vantagens como o Bônus IPTU Azul continuam válidas, podendo elevar o abatimento total para 20%. A estimativa geral de arrecadação para 2026 supera R$ 1,06 bilhão.
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