A Polícia Militar ambiental (PMA) aguarda laudo pericial para autuar fazendas por crime ambiental no Pantanal. “Ficou muito claro que alguns focos de calor registrados na região começaram nas fazendas vistoriadas”, informa o 1º tenente Anderson Ortiz Dias, comandante da unidade da PMA em Dourados e coordenador da perícia. Ele acrescentou que o laudo pericial é para fundamentar o que foi constatado in loco. “O fogo não surgiu apenas por ação humana, a seca que castiga a região contribuiu muito”, aponta o policial ambiental.
No monitoramento da fauna, os dados são alarmantes: muitos animais mortos pelos incêndios, a maioria jacarés e capivaras. Segundo a assessoria, foi montada uma central de atendimento na unidade da Polícia Ambiental de Corumbá, porém não houve registro de animais resgatados porque o período de maior intensidade dos focos de calor ocorreu entre junho e agosto.
Operação Matáá
Policiais militares ambientais, cadetes da Policia Militar com especialização em veterinária e peritos da Polícia Civil e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) realizaram minucioso levantamento da área queimada no Pantanal, paralelamente à Operação Maitáá, da Polícia Federal. O trabalho de campo investigou a origem dos focos de calor e os impactos do fogo na fauna nos pantanais da Nhecolândia, Nabileque e Jacadigo, em Corumbá, maior município da planície.
De acordo com a Polícia Judiciária Civil, quem é responsabilizado em casos como estes pode ser condenado a penas de reclusão de dois a quatro anos, além de ter que pagar multas cujos valores podem variar entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil por hectare de vegetação afetada.