Após quase dois meses de investigação, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (GARRAS), prendeu nesta quinta-feira (16) o autor do homicídio de Fábio Alexandre da Silva, de 42 anos, ocorrido na madrugada de 9 de março, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A vítima, que era comerciante e conhecida por ser bem-quista na comunidade, foi encontrada morta em via pública com 19 perfurações no tórax e pescoço. Segundo a DHPP, Fábio havia chegado ao local em sua motocicleta para encontrar uma mulher com quem estava se relacionando há pouco tempo. Ele desceu do veículo e sentou-se na calçada, onde aguardava a chegada dela. A motocicleta foi localizada caída próxima ao corpo, o que indica que a vítima ainda tentou fugir do agressor.
Durante a investigação, a mulher foi identificada e confirmou que morava a cerca de 100 metros do local do crime. Ela havia se separado recentemente do ex-companheiro, com quem tem dois filhos. O histórico do homem, de 33 anos, já incluía episódios de violência doméstica.
A polícia obteve imagens de câmeras de segurança, colheu depoimentos e acessou dados telemáticos que apontaram o ex-companheiro como o principal suspeito. Além disso, foi constatado que ele vinha coagindo testemunhas. Diante disso, a DHPP solicitou à Justiça a prisão temporária do investigado por 30 dias, o que foi prontamente autorizado.
As tentativas iniciais de captura, no entanto, foram frustradas, pois o suspeito contava com o apoio de familiares para se esconder e evitar a prisão. Após diligências intensas e trabalhos de inteligência, os investigadores localizaram o foragido em São Gabriel do Oeste, onde foi preso nesta manhã em uma ação conjunta entre DHPP e GARRAS.
Durante o interrogatório, o suspeito demonstrou frieza ao justificar o crime: “Morreu por mexer com mulher dos outros”, afirmou.
A Polícia Civil segue apurando detalhes do caso e ressalta a importância da denúncia em casos de violência, inclusive os motivados por ciúmes ou controle emocional. A prisão representa mais um passo no combate à impunidade e na defesa das vítimas de crimes passionais.