Um grupo ligado ao chamado “tribunal do crime” foi preso em Batayporã, a 306 km de Campo Grande, após extorquir e ameaçar diversas pessoas, incluindo um pastor, que chegou a pagar R$ 130 ao grupo. Os criminosos utilizavam chamadas de WhatsApp para praticar as extorsões.
De acordo com informações divulgadas pelo Jornal da Nova, o pastor foi vítima de uma cobrança indevida relacionada a uma dívida de drogas de um homem de 29 anos. O grupo não apenas extorquiu o devedor, mas também ameaçou terceiros sem qualquer relação com a suposta dívida ou com um crime de receptação de celular furtado ocorrido no sábado (10).
Mesmo após a devolução do aparelho, os criminosos continuaram com as ameaças. Na manhã de terça-feira (13), três suspeitos foram até a casa das vítimas para intensificar a pressão, proferindo novas intimidações presenciais.
Durante a investigação, a polícia identificou todos os envolvidos, inclusive uma mulher que participava ativamente das extorsões por meio de chamadas de vídeo e áudio. Os autores foram localizados e presos nas proximidades de um ferro-velho na cidade.
A atuação do grupo, típica de facções criminosas que se autodenominam “tribunal do crime”, mostra como estratégias de medo e intimidação são usadas para exercer controle sobre moradores, mesmo quando não há vínculo direto com ações criminosas.
A polícia civil segue apurando o caso para identificar se há outros envolvidos ou vítimas na região.
