Graciane de Sousa Silva, de 32 anos, morreu na manhã deste domingo (25), no Hospital Regional de Nova Andradina, após sofrer agressões por quatro dias seguidos em Angélica, a 275 km de Campo Grande. Com ela, sobe para 12 o número de feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul somente em 2025.
Segundo a polícia, Graciane vivia com o companheiro José Robério Viana de Souza havia cerca de sete anos. Entre os dias 17 e 20 de maio, ela sofreu agressões e, devido à gravidade dos ferimentos, foi levada ao hospital no dia 21, onde permaneceu internada até falecer. A denúncia partiu da Associação Beneficente de Angélica após relato da própria vítima.
“Ela contou que apanhou durante vários dias, levou chutes na barriga, ombros e costas, e foi resgatada pelo dono da casa onde morava”, relatou um policial envolvido no caso. Ainda de acordo com o boletim, Graciane estava em estado grave quando foi encaminhada ao hospital.
O suspeito se apresentou voluntariamente à delegacia no dia 22. “Ele negou ter agredido a companheira, mas estamos aguardando o laudo necroscópico e já determinei diligências para esclarecer o caso”, afirmou o delegado Diego Henrique. A polícia informou que ainda neste domingo será solicitada a prisão temporária de José Robério à Justiça.
Graciane é a 12ª vítima de feminicídio no estado este ano, conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Os casos incluem mortes violentas por espancamento, esfaqueamento, tiros e até carbonização. A maioria das vítimas foi morta por companheiros ou ex-companheiros, em episódios marcados por violência doméstica extrema.