O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) decidiu redirecionar a ação contra o ex-diretor do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, Paulo Godoy da Silva, e o agente penitenciário Hugo Alexsander Rodrigues Pereira, acusados de improbidade administrativa. O caso agora está sob responsabilidade da Vara de Cumprimento de Sentenças de Contencioso Coletivo do Tribunal de Justiça do Estado.
Em março de 2024, a Justiça condenou Paulo Godoy a restituir R$ 6.511,17 ao erário, com correção monetária e juros de mora, além de R$ 11.520,00. Hugo Alexsander, por sua vez, deverá devolver R$ 4.340,79, também com os acréscimos legais. O montante será destinado ao Fundo Penitenciário Estadual (FUNPES), ou outro fundo similar, caso o primeiro seja extinto.
O processo apura que, em 2018, ambos os envolvidos não registraram as despesas relacionadas à cantina do presídio no Sistema Integrado de Administração do Sistema Penitenciário (SIAPEN) e falharam no repasse obrigatório de valores ao FUNPES. Além disso, os dois usaram recursos da cantina de forma indevida, financiando eventos particulares e até multas de trânsito.
Em dezembro de 2018, Hugo Alexsander foi flagrado utilizando uma viatura oficial para transportar 47 pacotes de carne, os quais foram apreendidos em seguida. Também foi investigado o pagamento de despesas como buffet e aluguel de brinquedos com recursos das cantinas. O levantamento da Corregedoria Geral da AGEPEN revelou que o ex-diretor Paulo Godoy causou um prejuízo de R$ 45.162,46 ao fundo penitenciário, enquanto Hugo Alexsander obteve vantagens financeiras no valor de R$ 101.853,76.