A Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de Habeas Corpus do empreiteiro Cleiton Nonato Corrêa, preso durante a 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada no início deste mês pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado). Ele é investigado por participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Sidrolândia, supostamente liderado pelo ex-vereador Claudinho Serra (PSDB).
Conforme apurado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a empresa GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90), de propriedade de Cleiton, mantinha contratos fraudulentos com o Executivo municipal, durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo (PSDB) — sogra de Claudinho Serra.
O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da comarca de Sidrolândia, manteve a prisão temporária do empreiteiro, destacando que a medida é necessária para garantir a ordem pública. Além de Cleiton, também foram presos Claudinho Serra e seu assessor Carmo Name Júnior.
O trio é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação já soma mais de 20 investigados, entre ex-secretários, servidores públicos, empresários e familiares de políticos locais.
Segundo o Gaeco, Claudinho Serra é apontado como o chefe da organização criminosa, que atuava no desvio de recursos em contratos de obras públicas. Ele ocupava o cargo de secretário de Fazenda durante o mandato da sogra em Sidrolândia.
