A Justiça negou o pedido de absolvição sumária e de liberdade com medidas cautelares feito pela defesa de Rogério da Silva Meira, acusado de matar Mário Aguirre com golpes de barra de ferro e faca. O crime ocorreu em Anastácio, em novembro de 2023, e o júri popular foi marcado para o dia 30 de julho, às 13h, no Fórum da cidade.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPMS), o homicídio aconteceu após um desacerto relacionado à troca de imóveis. Mário teria permutado sua residência na Rua Aziz Scaff por uma chácara localizada às margens do Rio Aquidauana, pertencente a familiares de Fabiana Cesaria Alves. A mulher se mudou para a casa urbana com outras seis pessoas, mas logo se arrependeu da negociação.
Conforme a denúncia, no dia 13 de novembro, por volta das 20h, Mário foi até a casa para buscar algumas galinhas que haviam ficado no local, quando encontrou Fabiana e seu padrasto. Ainda segundo o MPMS, dentro do imóvel, foi surpreendido por Rogério, que chegou armado com uma faca e desferiu diversos golpes contra a vítima.
“Sem qualquer chance de defesa, passou a desferir diversos golpes contra a vítima, causando diversas lesões na parte superior de seu corpo”, narra a promotoria.
Testemunhas ouvidas na investigação disseram à polícia que o autor do crime era o marido de Fabiana, e que ele teria usado também uma barra de ferro durante o ataque. Mário Aguirre foi atingido principalmente na cabeça e morreu no local.
Durante diligências realizadas após o crime, policiais militares localizaram Rogério na chácara envolvida na negociação. Ele confessou o homicídio ainda durante o interrogatório.
Na decisão que manteve a prisão do réu, o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva entendeu que há provas suficientes para levar o acusado a julgamento pelo tribunal do júri, rejeitando o pedido de absolvição antecipada apresentado pela defesa.
O caso gerou repercussão na região pelo caráter violento do assassinato e pelas circunstâncias que o motivaram. Segundo relatos, a troca de imóveis foi realizada de forma informal e envolveu pressões e arrependimentos, culminando em uma tragédia.
A expectativa é de que o julgamento atraia a atenção da comunidade local e das autoridades. Rogério da Silva Meira segue preso preventivamente até a data do júri.