As queimadas estão consumindo a vegetação pantaneira na região de Corumbá. Ontem (15), vários pontos de incêndios florestais foram registrados na vegetação pantaneira que fica na margem esquerda do rio Paraguai, numa região de difícil acesso. As rajadas de vento, de mais de 60 quilômetros por hora na quinta-feira ajudaram a alastrar o fogo. Somente entre ontem e hoje a cidade registrou 17 focos de queimada.
Corumbá já acumula 551 focos de incêndios florestais nesta primeira quinzena de maio, aponta o monitoramento da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). Ao longo do ano, os 14 satélites do INPE identificaram 2.406 focos de queimadas no principal município do Pantanal sul-mato-grossense. A incidência de focos fora de época – geralmente a situação se agrava a partir de agosto – é preocupante. Corumbá lidera o ranking de queimadas em Mato Grosso do Sul com a absurda média de 17,8 focos de queimadas por dia. Complicam ainda mais o quadro crítico os incêndios florestais no lado boliviano.
Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros fazem o monitoramento do local e inclusive já realizaram sobrevoos na região, localizando três grandes focos de queimadas. “São áreas de difícil acesso, em meio a brejos do Pantanal. Orientamos às pessoas que evitem colocar fogo na vegetação e lembrem-se que ainda não estamos no período crítico”, disse o comandante do 3º Grupamento, major Mário Aparecido Moreno Lopes. É esperada uma forte chuva para por fim aos focos de incêndio na vegetação do Pantanal. Há mais de dois meses, não chove na região. (Com informações do Diário Corumbaense)
