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Meio Ambiente Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009, 09:06 - A | A

Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009, 09h:06 - A | A

Produtores usam mais agrotóxicos que o necessário

Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

Os produtores rurais brasileiros têm usado mais agrotóxicos do que seria necessário para combater as pragas e doenças em suas lavouras. Em 2008, foram gastos US$ 7,12 bilhões para adquirir 734 mil toneladas do produto. Isso porque, os engenheiros agrônomos não podem receitar doses menores de defensivo, porque a Lei nº 7.802, de 1989, exige a dose completa do rótulo.

O presidente da Comissão de Agricultura do Senado, senador Valter Pereira (PMDB-MS), disse nesta terça-feira (24), durante audiência pública, que alguns pontos da lei devem ser mudados para permitir que os agrônomos receitem a quantidade exata do produto. A alteração pode vir por meio de um projeto de lei do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), em tramitação no Congresso.

A indústria concorda com a iniciativa porque também considera haver outros interesses em jogo, como a aprovação de produtos específicos para as chamadas minor crops - hortaliças, frutas e legumes. Além disso, os fabricantes de agrotóxicos buscam combater o contrabando de produtos ilegais, sobretudo de origem chinesa, em regiões de fronteira com Paraguai e Argentina.

Produtores de frutas e hortaliças temem a suspensão das importações pela União Europeia em razão do uso ilegal de determinados agrotóxicos não autorizados pelo governo. Os produtores têm que usar produtos ilegais e a UE anunciou recentemente que restringirá o uso de agrotóxicos em produtos comprados pelos 27 países do bloco.

O debate dura seis anos no Brasil e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promete uma solução para meados de 2010. Segundo o gerente de Avaliação do Risco da Gerência-Geral de Toxicologia da Anvisa, Ricardo Augusto Velloso, um produto registrado no tomate poderá ser usar no pimentão, porém serão produtos com características toxicológicas mais suaves. (com informações Valor Economico)

Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

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