Por 84 votos a 33, os deputados bolivianos aprovaram na madrugada desta quarta-feira (15) um projeto de lei permitindo que o presidente Evo Morales concorra a um terceiro mandato presidencial consecutivo.
A política da Bolívia influencia diretamente Mato Grosso do Sul. O Estado faz fronteira com aquele país e o ICMS referente ao gás boliviano que entra no Brasil fica com Mato Grosso do Sul, já que a tubulação dá entrada no País por Corumbá.
De acordo com o site do jornal Folha de S. Paulo, se o político concorrer e ganhar as eleições de dezembro de 2014, poderá se transformar o presidente mais longevo da Bolívia, já que permaneceria no poder até 2020.
A nova regra foi aprovada após horas de debate. A oposição considera inconstitucional uma nova candidatura de Morales e de seu vice-presidente, Álvaro García Linera, apesar do Tribunal Constitucional ter respaldado no mês passado a legalidade de uma nova postulação.
Morales é o primeiro indígena a governar o país andino. Ele chegou ao poder no dia 22 de janeiro de 2006, depois de ganhar a eleição com 53,7% dos votos, e foi reeleito para um segundo período (2010-2015) com 64%.