Apesar de ter crescido 0,19% em junho, a geração de empregos com carteira assinada diminuiu em Corumbá nos primeiros 6 meses de 2009. Pesquisa do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, revelou que de janeiro a junho deste ano ocorreram mais demissões do que contratações no município. Neste período, 1.937 pessoas foram contratadas enquanto 2.258 foram demitidas. Variação negativa de 2,8%.
O pior desempenho do semestre foi na Indústria de Transformação, que caiu 30,9%. Neste setor, aconteceram 310 desligamentos e apenas 37 admissões de janeiro a junho. A Extrativa Mineral (-13,9%) teve a segunda maior queda de Corumbá, seguida pelos Serviços Industriais (-8,8%), Construção Civil (-2,8%) e Comércio (-0,7%). Por outro lado, a Agropecuária contratou 500 pessoas e demitiu 404, crescimento de 5,8%. Em junho, o setor de Serviços foi o que mais contratou em Corumbá. Foram criadas 138 novas vagas e 114 fechadas, saldo positivo de 0,5%. Se considerada a soma dos primeiros seis meses do ano, o setor também foi o que mais gerou empregos na cidade com 757 contratações, aumento de 1,4%.
Em Mato Grosso do Sul, o saldo de contratações e demissões no último levantamento do CAGED foi de 0,5%. O melhor desempenho é do setor de Serviços com 5.113 novas vagas e 4.351 demissões. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública tiveram a maior redução com saldo negativo de 1,5%. No semestre, o melhor desempenho é da Indústria de Transformação, com crescimento de 7,6% (27,7 mil contratações e 22,4 mil demissões), e o pior da Construção Civil, -2,9% (12,9 mil contratações e 13,5 mil desligamentos).
Brasil
Com a abertura de 119.495 empregos formais celetistas em junho, o Brasil fechou o primeiro semestre de 2009 com saldo positivo de 299.506 novos postos de trabalho gerados. Esse resultado constitui o quinto mês consecutivo de expansão e o segundo melhor saldo mensal do ano, ligeiramente menor que o ocorrido em maio de 2009 (131.557 postos). O número de admissões em junho foi de 1.356.349 e o de desligamentos foi de 1.236.854.
O crescimento percentual em junho é de 0,37% em relação ao estoque anterior, enquanto o crescimento no semestre é de 0,94% em relação a dezembro de 2008. Nos últimos 12 meses, o emprego formal elevou-se em 1,22%, como resultado da criação de 390.322 novos empregos. A elevação do emprego no mês passado é resultado do desempenho positivo de quase todos os setores de atividade econômica. Em termos absolutos, os setores que mais contribuíram para o resultado verificado foram a Agricultura, com 57.169 postos de trabalho (+3,51%), Serviços (22.877), a Construção Civil (18.321) e o Comércio (17.522). A Indústria de Transformação apresentou saldo positivo de 2.001 postos, consolidando o terceiro mês seguido de expansão do emprego no setor. A exceção é o Extrativo Mineral, com saldo de 26 postos de trabalho fechados, dado que aponta estabilização no setor.
Em números absolutos, os estados que mais geraram empregos foram Minas Gerais (45.596), São Paulo (27.602), Pernambuco (9.790), Goiás (7.348) e Bahia (6.119). As maiores perdas ocorreram no Espírito Santo (-6.651), Distrito Federal (-3.551) e Rio Grande do Sul (-1.394). Pernambuco, Goiás e Ceará (5.752) registraram seus segundos maiores saldos para o mês de junho. Em termos geográficos, os dados mostram expansão do emprego em todas as regiões. No Sudeste foram gerados 72.002 postos (+0,40%), no Nordeste 25.070 (+0,53%), no Centro-Oeste 11.187 (+0,47%), no Sul 5.691 (+0,10%) e no Norte 5.545 (+0,43%). Vinte e um estados evidenciaram aumento do emprego, com destaque para Rondônia 2.972 postos, que apresentou resultado recorde para o período, segundo a série do Caged. (Diário Online)