A Prefeitura de Dourados iniciou na sexta-feira o trabalho para desapropriação das áreas rurais que precisarão ser cortadas para a construção do anel viário, projeto que visa desviar o tráfego pesado do centro de Dourados.
Segundo a prefeitura, o governador André Puccinelli (PMDB) determinou o estudo do projeto. O Estado entraria com os recursos necessários para execução das obras, enquanto, o município ficaria responsável liberação das terras que serão atingidas pela construção da estrada.
Na sexta-feira, o prefeito Ari Artuzi (PDT) e os secretários Carlos Ioris (Obras) e Maurício Peralta (Agricultura) visitaram um trecho do anel viário próximo à reserva indígena e conversaram com produtores e moradores.
As conversações foram iniciadas com os produtores rurais que possuem áreas nas proximidades da escola Pedro Palhano, no final da Avenida Presidente Vargas. Na região, está prevista a construção da parte oeste do anel viário, com a pavimentação asfáltica de aproximadamente 7 km.
Conforme o diretor do setor de Patrimônio e Habitação da prefeitura, Astúrio Dauzacker, nesta região a construção do anel viário deverá atingir pelo menos 25 propriedades rurais. Todos os proprietários de áreas estão sendo convocados pelo município para discutir a cessão das áreas.
Segundo Dauzacker, a receptividade do projeto por parte dos produtores tem sido positiva. “Pelo menos 80% dos produtores com quem já conversamos se dispuseram a doar a área ao município. Isso é muito positivo, já que agiliza todo o processo para início das obras”, comentou.
No entanto, os produtores que não aceitarem doar as terras ao município poderão abrir negociações com a prefeitura e serem indenizados.
A intenção do prefeito é de que, com a desapropriação das áreas, seja possível dar início ao trabalho de remoção das cercas de arame e limpeza do trecho. O projeto do anel viário apresentado à Caixa Econômica Federal consiste em uma readequação do antigo projeto da Perimetral Norte, lançado na década de 80 e que nunca saiu do papel.
A obra está orçada em R$ 30 milhões e prevê a realização dos serviços de drenagem de águas pluviais, pavimentação asfáltica, com o uso de concreto usinado a quente, e a sinalização vertical e horizontal das vias. Os recursos seriam provenientes do governo estadual e federal.
A primeira etapa da construção do anel viário está orçada em R$ 9 milhões. Conforme o projeto, o anel viário terá 24 km de extensão, passando pelos fundos da Phac (Penitenciária Harry Amorim Costa), pelas proximidades da Escola Manoel Palhano, no final da Avenida Presidente Vargas, chegando à Avenida Guaicurus, passando pela MS-379 e saindo na BR-463. O tempo de execução da obra está estimado em 12 meses. (Fonte: Diário MS)