Como parte das comemorações da Semana da Indústria, a Fiems realizou ontem à noite (25/05) o workshop “Inovar é um Ótimo Negócio”, que teve a palestra “Como a Pequena Empresa pode Lucrar com a Inovação”, ministrada pelo consultor do Sebrae Nacional e da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), Rafael Roque. Após a palestra também houve a apresentação de um case desenvolvido por uma empresa de Campo Grande.
Na abertura do evento, o superintendente do IEL, Bergson Amarilla, destacou a importância da inovação para o crescimento e manutenção das empresas. “A inovação é o poder de renovação da indústria, se não encararmos assim não conseguiremos ser competitivos no mercado”, declarou, acrescentando que o trabalho da Fiems, por meio do IEL, é também o de estimular a inovação e tecnologia nas empresas.
Durante a palestra, Rafael Roque conceituou inovação e apresentou exemplos práticos para ilustrar ações inovadoras tanto nas empresas, quanto no dia-a-dia das pessoas. “Muitos confundem inovação com invenção, que são coisas distintas. Uma invenção se torna inovadora a partir do momento que começa a trazer lucros para a empresa”, explicou.
Ele ainda deu exemplos simples de ações inovadoras, como a ginástica laboral. “A ginástica é uma ação que contribui para aumentar a disposição dos funcionários, ajuda a prevenir doenças como a LER (lesão por esforço repetitivo) e isso se reverte em menor custo para a empresa”, disse.
Ações inovadoras
Ainda sobre ações inovadoras, o público também conheceu o trabalho desenvolvido pela Max Auto, que inovou ao desenvolver um processo de calibração de sensores de pressão utilizados em automóveis com injeção eletrônica. “É uma espécie de sensor de carga, que nos permite simular a situação do motor do veículo. E com a ajuda de um software conseguimos fazer toda a programação e identificar a carga do motor em diferentes situações”, explicou o proprietário da empresa Domingos Franzin.
O trabalho foi todo realizado dentro da empresa e demorou um ano para ser concluído. “Se antes eram gastos US$ 9 para fazer esse tipo de trabalho, hoje eu gasto US$ 3. Uma economia muito grande e obtida por meio dos esforços da empresa”, acrescentou Domingos Franzin.
Para o estudante Eduardo Contar, do curso de Engenharia Elétrica da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a inovação se faz necessária a cada dia nas empresas contemporâneas. “A inovação é fundamental para que as empresas se mantenham no mercado e consigam abrir novos mercados”, pontuou.
Já a professora do mestrado em Biotecnologia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Simone Palma Favaro, as discussões em torno da inovação são imprescindíveis para o desenvolvimento do Estado. “Mato Grosso do Sul não tem características de inovação é um Estado ainda tradicionalista, por isso, esse tipo de evento é importante para proporcionar aos empresários, aos jovens informação e assim criar o ambiente da inovação”, disse. (Fonte: Fiems)