Jogadores e comissão técnica do Misto de Três Lagoas se mobilizam para tentar receber o dinheiro referente ao salário e à recisão do contrato, feita pela diretoria do clube após a eliminação do time no Campeonato Estadual. Segundo o atleta Hector Bruno Ribeiro, que está organizando o grupo de jogadores, os cheques que foram entregues à equipe foram sustados e há quase um mês estão sem receber.
Segundo informações apuradas pela redação da TV Morena de Três Lagoas, o dinheiro que seria usado para o pagamento seria de um repasse de R$ 72 mil da CBF mais o valor de R$ 20 mil da Prefeitura de Três Lagoas. O primeiro foi cancelado devido a existências de processos trabalhistas no clube e o outro, porque a diretoria não apresentou a prestação de contas do dinheiro repassado anteriormente pela Prefeitura local.
Ribeiro disse que um grupo formado por mais cinco jogadores e um membro da comissão técnica se organizaram para tentar conseguir o valor referente aos salários. Além de pressionar o clube para regularizar a situação perante a CBF, eles se mobilizaram para agilizar o processo no setor de finanças da Prefeitura. “Nós jogadores ajudamos a organizar o material para levar à Prefeitura para liberar o dinheiro”, conta o jogador.
O problema é que os R$ 20 mil do repasse ainda não são suficientes para fazer o acerto com todas as 35 pessoas, entre jogadores e comissão técnica. “Vamos continuar pressionando para ver se eles correm atrás do dinheiro da CBF. Não pode ficar parado porque cai no esquecimento e demora mais”, relata Ribeiro.
Os documentos organizados pelos jogadores já estão na Prefeitura e devem ser analisados esta semana, segundo o jogador, prazo dado pelo órgão. A produção da TV Morena de Três Lagoas entrou em contato com o presidente do Misto, Jamiro Rodrigues. Ele disse que também aguarda o resultado da análise da Prefeitura.
Quando à CBF, ele disse não haver muito a fazer, visto que é necessário resolver a pendência judicial, referente a um processo trabalhista do ano de 2002.
Sem salários
Recentemente, jogadores do Operário Futebol Clube de Campo Grande também ficaram sem receber o salário. Por falta de recursos, os atletas de fora da cidade foram transferidos a um alojamento e chegaram a ameaçar entrar em greve.(Com informações da Tv Morena)
