O retorno do Operário à primeira divisão do Campeonato Estadual foi marcado pela volta do clássico contra o principal rival, Comercial. O chamado Comerário aconteceu duas vezes na primeira fase da competição com dois empates e agora, com os dois times na semifinal em chaves diferentes, a expectativa é pela possibilidade de decidirem o campeonato, o que não acontece há quase 20 anos. Para isso, Comercial e Operário precisam passar por Corumbaense e Sete de Dourados na semifinal que começa neste domingo, seus respectivos adversários.
A última vez que os dois times chegaram juntos nesta fase foi em 2001, mas se enfrentaram e o Colorado levou a melhor vencendo os dois jogos. Agora, os dois estão em chaves diferentes e podem, caso avancem, decidir o campeonato. Históricamente, Comercial e Operário levam larga vantagem em confrontos contra seus rivais na semifinal.
Anderson Ramos / Capital News

Com a volta do Operário a rivalidade com o Comercial foi reativada e os dois representam Campo Grande na semifinal
A campanha da primeira fase e as duas vitórias sobre o Águia Negra nas quartas de final colocam o Comercial como melhor do campeonato até agora. Os 25 pontos acumulados nas duas fases deixa o time em vantagem sobre o Corumbaense, com 20 – 16 na primeira fase e outros quatro ao eliminar o Costa Rica. Por isso joga a partida de volta em Campo Grande e ainda com a possibilidade de se classificar em caso de igualdade após os confrontos.
Neste domingo, no Estádio Arthur Marinho, as arquibancadas devem estar lotadas de torcedores do Carijó, como já aconteceu no último jogo. Os ingressos foram colocados à venda antecipadamente com preços entre R$ 10 e R$ 30 e a expectativa é de que todos os cerca de cinco mil sejam vendidos.
Corumbaense e Comercial chegam ao confronto com um ponto em comum. São os dois times da semi que trocaram o treinador durante a competição. Nei César assumiu o Corumbaense no lugar de Gilmar Calonga, perdeu a estreia para o Águia Negra e depois embalou acumulando seis jogos sem derrotas. Já do lado colorado, Paulinho Resende entrou no lugar Tiago Batizoco restando quatro jogos para o fim da primeira fase e não perdeu nenhum jogo desde então.
Galo em desvantagem
Se o Comercial entra na semifinal em vantagem, o Operário deixou essa oportunidade escapar. O Galo somou 19 pontos na primeira fase, começou as quartas vencendo o Ivinhema fora de casa e, na volta, quando precisaria de apenas um empate para segurar a vantagem, perdeu no Jacques da Luz por 3 a 1 e só avançou porque o goleiro França defendeu uma cobrança de pênalti no último lance do jogo, segurando o empate em 4 a 4 no placar agregado.
O Sete de Dourados chega pela primeira vez na semifinal com os mesmos 22 pontos do adversário – 16 na primeira fase e outros seis ao vencer duas vezes a Serc nas quartas -, mas joga a partida de volta em casa e pela igualdade por ter uma vitória a mais que o Operário nesta campanha. Os dois times se enfrentaram quatro vezes entre 2006 e 2007, com três vitórias do Operário e uma do time douradense.
Neste primeiro jogo, no Jacques da Luz, o técnico Celso Teixeira, do Galo, não sabe se poderá ou não contar com o lateral Luiz Jorge, destaque no jogo de ida contra o Ivinhema, mas que deixou o campo contundido na volta. Por outro lado, o meia Anderson Paulista, que cumpriu suspensão no último jogo fica à disposição.
No Sete, Chiquinho Lima se preocupa com sua ala esquerda. Sem Da Silva, que vinha ocupando o setor, o treinador trabalha com a possibilidade de deslocar o meia Dio para esquerda, colocando Dudu Lima para compor o meio e o ataque, o que, segundo ele, daria força ao time nas jogadas de bola parada. No mais, o time deve ser o mesmo que entrou em campo contra a Serc.