Durante a finalização do processo da sucessão presidencial do Operário, tanto o Toni Vieira que está saindo, quanto a Estevão Petrallas que está entrando, um dos torcedores mais procurados na Central Única dos Trabalhadores (CUT), local da votação nesta sexta-feira (22), foi o autor do hino que posteriormente se tornou oficial do clube, Luiz Carlos Amarilha.
Sorridente e muito falante, ele atendeu a reportagem do Capital News e na ocasião, contou como foi a composição da letra e quem foi o parceiro.
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De saída do clube, presidente Toni Vieira, conhece altor do hino do Galo
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News
De posse da letra, ele procurou o companheiro de noitadas, o violinista Lúcio Val e juntos, “colocaram a música na letra”.
“Mas faltava o- ô ô ôô”, disse para em seguida mostrar em que parte entram “essas vogais” “Operariô ô ô ô. Bem no fim da letra” falou.
Ele lembrou ainda que essa parte do ô ô ô , era feita por um freqüentador do bar, conhecido por Quincas. “Ele ficava lá nos fundos sentados e quando cantávamos ele fazia o ô ô ô”.
Já com a letra decorada e a música definida, ele procurou o maestro Robertinho que era maestro da Polícia Militar. “Ele fez a primeira partitura (onde se lê a música).
Depois, convidado por Zacarias Mourão, foi para São Paulo e antes de gravar o chamado na época Long-Play (LP), ele procurou outro maestro, também da PM. ”Foi o maestro Assis”, recorda.
Já conhecidos, o maestro Assis o levou para conversar com o grupo vocal conhecido na época como “Titulares do Ritmo”. “É, eu cantava e eles faziam o coro de fundo”, disse.
“O grupo (Titulares do Ritmo) já era profissional e me cobrou uma nota. Tive que voltar aqui (Campo Grande), vendi um terreno, não recordo, já mudou tanto o nosso dinheiro, mas eu acho que foi por 15 mil cruzeiros, voltei, gravei, paguei o grupo e mandei fazer 1 mil compactos que larguei tudo com o meu irmão (apontando para o mesmo), pois nesse meio tempo, já estava mexendo com a papelada para o meu casamento”, recordou sorrindo muito.
Amarilha lembrou ainda que, na administração do presidente Rubens Salin Saad que o hino se tornou oficial do Operário.
“Eu não sei se é verdade, mas me falaram que ele (hino) está no museu do futebol no estádio do Pacaembu”, disse.

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Foto: Reginaldo Coelho/Capital News