O superávit da balança comercial brasileira (exportações menos importações) somou US$ 698 milhões na última semana (entre os dias 18 e 24 de maio) e, com isso, acumulou um saldo positivo de US$ 1,75 bilhão em maio, informou nesta segunda-feira (25) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para o fechamento deste mês, ainda falta ser computado o resultado desta semana. Mesmo assim, o saldo positivo, até o dia 24, está bem abaixo do registrado em igual mês de 2008, quando o superávit somou US$ 4,07 bilhões. Pela média diária, a queda registrada neste mês é de 42,7%. Em maio de 2008, as exportações, pela média diária, somaram US$ 965 milhões - atual recorde histórico.
Sem igual desempenho das vendas externas neste mês, o superávit da balança tende a cair. E, com isso, deverá ser interrompida uma série de crescimento, contra os mesmos períodos de anos anteriores, que durou três meses - entre fevereiro e abril de 2009. Em janeiro, foi registrado um déficit de US$ 518 milhões - o primeiro em quase oito anos.
Acumulado do ano
Em 2009, até 24 de maio, o superávit da balança somou US$ 8,47 bilhões, contra US$ 6,71 bilhões de resultado positivo em igual período de 2008. Deste modo, houve um aumento de 26,1% no saldo positivo.
A explicação para o crescimento do superávit da balança comercial, no acumulado de 2009, é a queda maior das importações - fruto da crise financeira internacional.
Em 2009, até 24 de maio, as exportações somaram US$ 52,57 bilhões, com queda de 20% sobre o mesmo período de 2008, enquanto as importações totalizaram US$ 44,10 bilhões neste ano, com recuo de 25% sobre o ano passado.
Projeção do mercado
O Banco Central informou nesta segunda-feira (25) que a projeção do mercado financeiro para o saldo positivo da balança comercial em 2009 subiu para US$ 20 bilhões. Há pouco mais de um mês atrás, estava em US$ 16 bilhões de saldo positivo. Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. (Com informações do G1)