A população sul-matogrossense não está nada contente com mais um reajuste na tarifa da energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o aumento de 17,49%, que passa a vigorar a partir desta sexta-feira (8).
A reportagem do Capital News entrou em contato com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Luiz Fernando Buainain para saber a opinião do mesmo sobre o aumento em questão.
“Isso não existe em um País que está pensando em se desenvolver. Somos um País de 2º mundo. Onde já se viu aumentar o valor bruscamente? E o pequeno empresário que depende da energia, como que faz? É um absurdo um negócio desse”, diz indignado o presidente.
Para Buainain, o aumento na tarifa vai afetar diretamente a economia do Estado. “Vão diminuir os investimentos, os empregos, a aquisição de bens e o comércio. Temos que nos adaptar. Vamos fazer o que se o governo não está interessado no desenvolvimento do País?”, questiona.
Dentre os diversos setores que serão afetados, alguns serão mais prejudicados do que outros e sentirão o impacto de maneira mais brusca. “O setor que produz de noite, por exemplo, e que trabalha mais diretamente sobre a energia, vai sofrer mais”, lamenta Buainain.

Buainain acha um absurdo o reajuste na tarifa de energia e diz que alguns setores sentirão mais diretamente a alta no valor
Foto: Deurico/Arquivo Capital News
Ao ser questionado da possibilidade de recorrer na justiça sobre o reajuste, o presidente afirma ser a favor. “Isso não depende do presidente e sim de um colegiado, prestamos serviço para a sociedade, não é a opinião do presidente que vale. Não posso dizer que vamos tomar um posicionamento, não sou o dono da entidade, e sim um membro facilitador aos assuntos pertinentes do comércio. E se for vontade do setor podemos sim entrar na justiça”, finaliza o presidente.
A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), e, conforme a assessoria, Sérgio Longen estava "incomunicável no momento". O presidente deve se manifestar nesta quinta-feira (7) sobre a interferência do reajuste no setor industrial.
A Enersul também foi contactada, porém, também não foi possível a comunicação. A assessoria da empresa informou apenas que a determinação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Dicas
Para economizar e não se surpreender no final do mês, é necessário tomar algumas medidas e ficar atento à alguns detalhes que podem fazer diferença no bolso da população.
Tentar aproveitar ao máximo a luz solar é uma das alternativas para a redução no valor final da conta de energia elétrica. Trocar as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes também é uma boa saída.
Não deixar televisores e demais eletrodomésticos ligados quando ninguém estiver usando e se apressar nos banhos também conta na hora de buscar soluções de economia.
Ar condicionado e geladeira são os mais "gastões". Procurar usar o ar refrigerador somente em último caso e manter a geladeira com as vedações em bom estado também é uma boa alternativa.
Por Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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