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Economia Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008, 19:16 - A | A

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008, 19h:16 - A | A

Fiems defende manutenção de trajetória de crescimento sustentado para driblar crise

Da Redação (JG)

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Marcolino Longen, defende uma trajetória de crescimento sustentado para a manutenção da estabilidade econômica brasileira após a crise financeira mundial. “Para o País crescer e atrair investimentos, são necessários fundamentos econômicos sólidos, como equilíbrio fiscal de longo prazo, estabilidade da moeda, equilíbrio das contas externas e respeito às regras da economia de mercado”, destaca.

Na avaliação do empresário, somente assim será possível garantir um ambiente econômico, político e institucional favorável à produção e ao investimento produtivo. “Um ambiente capaz de levar o País ao crescimento continuado e à eliminação dos ciclos freqüentes de expansão e contração vigentes nos últimos anos”, destaca Sérgio Longen, que participou ontem (30/09), em Brasília (DF), de reunião na CNI (Confederação Nacional da Indústria) para a elaboração de uma nota conjunta sobre efeitos da crise mundial no Brasil.

De acordo com a nota, a volatilidade da crise mundial dificulta a avaliação imediata dos impactos e a capacidade de o Brasil enfrentá-la é maior que no passado, mas essas condições não tornam o País ileso aos seus desdobramentos. “É fundamental que o Brasil dê continuidade a ações que permitam ao País avançar na sua agenda de desenvolvimento e modernização, reforçando sua capacidade de convivência com o novo cenário”, declarou o presidente da Fiems.

Para o setor industrial, a transmissão da crise ao Brasil se dá por dois canais principais: a redução do crédito internacional e a queda na demanda por nossos produtos. “A redução das linhas externas de crédito é o impacto mais expressivo no curto prazo. É necessário buscar a complementação por fontes domésticas, pois, a preservação de fontes de financiamento ao investimento é chave para garantir a continuidade do processo de transformação do País. É preciso aumentar a poupança doméstica. A contenção da expansão dos gastos públicos correntes se torna ainda mais necessária”, analisa Sérgio Longen.

Os industriais destacam que a política monetária deve se mostrar especialmente atenta às necessidades de prover liquidez aos agentes econômicos, sendo imprescindível reavaliar a intensidade da política monetária em execução que não foi dimensionada para a situação atual. A elevação do custo do crédito com o aumento dos spreads bancários, conforme a CNI, causa grandes dificuldades às empresas.

“É necessário avançar na agenda das reformas estruturais, como a tributária, previdenciária e trabalhista, e das reformas microeconômicas para promover maior fluidez e eficiência aos mercados, produtividade e melhores condições de competitividade aos produtos brasileiros”, completa o presidente da Fiems, finalizando que assegurar avanços que busquem a melhora dos fundamentos e do ambiente de negócios eleva o potencial de preservação do crescimento.
 (Com informações da assessoria)

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