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Economia Terça-feira, 22 de Abril de 2008, 16:37 - A | A

Terça-feira, 22 de Abril de 2008, 16h:37 - A | A

Entrada de dólares no país faz moeda fechar em queda

Portal G1 (JG)

O dólar voltou a fechar em queda nesta terça-feira (22), descolando-se do mercado externo e seguindo o fluxo de entrada de dinheiro no país. Com isso, a moeda americana fechou em baixa de 0,48%, cotada a R$ 1,661. Com 13 baixas em 15 pregões, o dólar acumula desvalorização de 5,25% no mês.

Segundo Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, o mercado cambial continua mudando suas posições, desmontado suas posições compradas - que apostam em uma alta da divisa norte-americana - e passando a posições vendida.

Segundo dados da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os investidores estrangeiros mantinham no início do mês mais de US$ 4 bilhões em posições compradas, enquanto que no dia 18 estes possuiam US$ 1,3 bilhão em posições vendidas. "Como o nosso mercado de juro voltou a ser o mais atraente do mundo, vai aumentar a entrada (de dólares)", disse Arruda.

A alta da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária elevou ainda mais o diferencial entre as taxas de juros praticadas interna externamente, o que favorece as operações de arbitragem.

Segundo uma fonte de mercado, que preferiu não ser identificada, nesta terça-feira o dólar foi pressionado por uma operação de entrada de grande porte de um rede varejista.

Mas não foi apenas o real que ia na contramão dos mercados internacionais. A Bovespa operava em alta apesar de os principais índices acionários norte-americanos estarem caindo em torno de 1%, e o risco Brasil caía 3 pontos-básicos.

Os investidores seguem atentos aos números de inflação para operar em cima das expectativas sobre o próximo movimento do Banco Central. Nesta manhã, o BC divulgou que o mercado elevou, pela quarta semana consecutiva, o prognóstico para a inflação neste ano e manteve sua estimativa para a Selic.

No início da última hora de negócios, o BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A autoridade monetária definiu a taxa de corte a R$ 1,6575.

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