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Economia Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008, 19:24 - A | A

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008, 19h:24 - A | A

Aumenta número de calotes no comércio de Dourados

Da redação (LM)

Apesar do pagamento da primeira parcela do 13º salário, os calotes continuam aumentando e causando prejuízos no comércio de Dourados. De acordo com dados da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), os registros atuais mostram que o número de inadimplência subiu 53% em 16 dias.

De acordo com a pesquisa, 35.716 inadimplentes somam juntos uma dívida de R$ 15.538.042,26 em 58.835 estabelecimentos. No último dia 12, eram 32.598 inadimplentes, em 54.019 estabelecimentos comerciais, que acumulavam uma dívida de R$ 13.460.389,03.

Em 2007, 15.918 pessoas limparam o nome contra 16.733 em 2008. Em relação a inadimplência, 27.359 foram inseridas no cadastro em 2007. Neste ano o índice caiu para 23.955.

O comerciante Ronaldo Gonzatti, disse que a inadimplência é o principal entrave do comércio. Segundo ele, 90% das vendas que faz é a prazo. Destes, 12% não são pagas. Segundo Gonzatti, a preocupação de se vendar mais em dezembro é que as dívidas de janeiro a abril do ano seguinte dificilmente são acertadas. “Todo o ano é assim. As pessoas acumulam dívidas de fim de ano e não conseguem quitar nas datas certas. Estou cobrando dívidas de dezembro de 2007, para se ter uma idéia”, reclama.

Gozatti disse que a esperança ressurge com a chegada do pagamento da primeira parcela do 13º salário. “Já consegui bastante promessas de pagamentos de contas antigas. Agora é esperar”, disse, observando que a maneira encontrada para diminuir os calotes é a restrição do crédito. “Os comerciantes compram e além de juros altíssimos têm pouco tempo para pagar a mercadoria a ser revendida. É um prejuízo muito alto”, conta.

O comerciante afirma que este é um bom momento para quitar as dívidas. “Geralmente neta época alguns juros são perdoados e existem reparcelamento do débito. Uma solução que beneficia ambas as partes”, disse.

Em todo o país o 13º salário deve injetar R$ 78 bilhões. Do montante a ser recebido, 20,7%, ou R$ 16,1 bilhões, serão pagos aos beneficiários do INSS; R$ 54,4 bilhões, ou 69% do total, irão para os empregados formalizados; aos empregados domésticos serão destinados em torno de R$ 918,5 milhões, o que representa algo ao redor de 1,2%; aos aposentados e pensionistas da União caberá o equivalente a R$ 3,99 bilhões (5,1%); e os aposentados e pensionistas dos estados ficarão com R$ 2,6 bilhões (3,3%). (Dourados Agora)

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