Apesar da queda nas exportações para os Estados Unidos, Mato Grosso do Sul conseguiu manter saldo positivo na balança comercial entre janeiro e setembro de 2025. A receita com vendas para o mercado norte-americano recuou 9,06%, mas o Estado redirecionou embarques para países como China, Itália, Argentina, Uruguai, Turquia e Argélia.
A redução foi reflexo das tarifas aplicadas pelos EUA desde abril, com agravamento em agosto. As exportações para o país somaram US$ 426,1 milhões, bem abaixo dos US$ 471,4 milhões do mesmo período de 2024. A quantidade de produtos enviados também caiu 18,2%. Ainda assim, as exportações totais do Estado cresceram 4,35%, alcançando US$ 8,17 bilhões. O superávit estadual subiu para US$ 6,34 bilhões, um aumento de 10,84%.
O destaque foi a carne bovina fresca, que mesmo sendo impactada pelas tarifas, teve alta expressiva de 47,7% na receita, atingindo R$ 1,3 bilhão. “Esse foi o setor que mais cresceu entre os dez principais produtos exportados”, explicou Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). “Em setembro, já vimos uma recuperação nas exportações, com crescimento de 4,5%.”
Segundo Verruck, a estratégia do Estado tem sido apostar na diversificação e na diplomacia. “O impacto das tarifas foi limitado porque buscamos novos mercados e mantivemos nossa presença global por meio de parceiros comerciais”, afirmou.
Para ele, os sinais de reaproximação entre os presidentes Lula e Trump são positivos. “A diplomacia é essencial para garantir estabilidade nas relações comerciais”, concluiu.
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