Faltando apenas um mês para o encerramento do Plano Safra 2024/2025, os desembolsos já ultrapassaram os R$ 330,93 bilhões, segundo dados divulgados referentes ao período de julho de 2024 a maio de 2025. O valor representa um avanço de 11% em relação ao mês anterior e reforça a força do crédito rural, especialmente entre produtores médios e grandes.
Do total, R$ 273,84 bilhões foram destinados aos beneficiários do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e demais produtores. Apenas em maio, houve um incremento de R$ 27 bilhões em comparação com abril, com destaque para os financiamentos de:
Custeio: R$ 155,07 bilhões
Investimento: R$ 56,97 bilhões
Comercialização e industrialização: R$ 70,90 bilhões
Esse desempenho representa 68% da programação total prevista para a safra e equivale a 82% dos recursos desembolsados no mesmo período da safra anterior, que chegou a R$ 332,50 bilhões. A diferença é explicada pelo crescimento no uso das Cédulas de Produto Rural (CPRs), especialmente entre os grandes produtores.
Entre julho de 2024 e abril de 2025, as CPRs movimentaram R$ 331,4 bilhões, sendo R$ 150,5 bilhões emitidos em favor de instituições financeiras e R$ 180,9 bilhões destinados ao mercado de capitais. Esse volume representa R$ 116,2 bilhões a mais do que no mesmo período da safra passada.
O desempenho do Pronamp também se destaca com números positivos em todas as finalidades de crédito. Ao todo, foram R$ 53,48 bilhões liberados em 202.137 contratos. Desse total, R$ 47 bilhões foram destinados ao custeio (174.243 contratos) e R$ 6,48 bilhões ao investimento (27.894 contratos).
Dentre as fontes de recursos com melhor desempenho em comparação à safra anterior, destacam-se:
Poupança Rural Controlada: aumento de 24%
Recursos equalizados do BNDES: alta de 13%
Recursos Livres Equalizáveis: crescimento de 181%
Poupança Rural Livre (juros não controlados): elevação de 113%
Mesmo com os avanços, ainda há saldo disponível: 29% nos programas de investimento com equalização de juros e 14% nos recursos equalizáveis para custeio e comercialização.
Os valores apresentados referem-se aos financiamentos efetivamente concedidos até o momento, e portanto, são considerados provisórios. A expectativa é que, com o desempenho atual, o Plano Safra encerre seu ciclo com números robustos e acima das projeções iniciais.