O Mato Grosso do Sul transformou uma visão de futuro em uma potência global, consolidando o chamado "Vale da Celulose" com a chegada de grandes empresas e a promessa de bilhões em investimentos. Durante a abertura da 2ª edição do Show Florestal, em Três Lagoas, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, representou o Governador Eduardo Riedel, e no seu discurso afirmou que a estratégia de simplificação e atração de negócios se tornou uma realidade que coloca o estado no mapa mundial.
A consolidação do Vale da Celulose é o resultado de uma política de Estado que começou há uma década, com o Governo priorizando o setor florestal e criando um ambiente favorável, com menos burocracia e mais incentivos. "Acreditamos na simplificação. Hoje podemos afirmar que conseguimos consolidar o ‘Vale da Celulose’ como um conceito reconhecido globalmente", destacou Verruck.
Capital da Celulose: um polo de investimentos gigantes
Três Lagoas, que sediou o evento, é o coração desse boom econômico, já que abriga a maior parte das operações. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento ressaltou o papel da cidade: "A cidade se consolidou como a Capital da Celulose. Hoje, temos uma produção competitiva, sustentável e que disputa de igual para igual com qualquer país do mundo".
Saul Schramm/Arquivo Governo MS

Nova fábrica da Arauco está em obras em Inocência terá capacidade para produzir 3,5 mi de toneladas
A força do setor é traduzida em números e nomes de peso. A Eldorado e a Suzano já operam na região, sendo a fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo a maior do mundo. O futuro próximo aponta para uma expansão ainda mais agressiva: a chilena Arauco está construindo uma planta em Inocência, que também será uma das maiores do planeta, e a Bracell planeja erguer até duas novas fábricas, uma em Água Clara e outra em Bataguassu, essa última já está no planejamento para iniciar em 2026 as obras.
O maior desafio: logística e infraestrutura
Apesar do crescimento exponencial, o secretário Jaime Verruck alertou para o principal gargalo: a logística. Com uma produção que deve ultrapassar a marca de 10 milhões de toneladas anuais até o fim da década, o escoamento da celulose para os portos e a distribuição interna se tornam um desafio central para manter a competitividade, seja hoje pela Estrada ou futuramente pela Ferrovia. Verruck garantiu que o Governo tem investido em infraestrutura para atender a essa demanda.
Além de garantir o transporte, a estratégia é incentivar o encadeamento produtivo, ou seja, atrair indústrias que utilizem a celulose como matéria-prima. O objetivo é que Mato Grosso do Sul não seja apenas um produtor, mas um verdadeiro centro de inovação e valor agregado para o setor florestal.