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Arrecadação recorde de ICMS alivia, mas alerta persiste nas finanças do MS

Estado fecha agosto com receita histórica, mas despesas com pessoal preocupam e dependência de repasses federais cresce

Viviane Freitas
Capital News

Embora o Governo de Mato Grosso do Sul tenha decretado cortes de 25% nos gastos no começo de agosto para ajustar as contas, os números oficiais divulgados nesta segunda-feira (29) revelam que o Estado alcançou a maior arrecadação de ICMS da sua história no mês. A receita chegou a R$ 1,562 bilhão, representando avanço de 8,4% em comparação com agosto de 2024.

Se comparado a julho de 2025, o acréscimo foi de 8,5%, mostrando que a recuperação foi forte e ultrapassou a inflação do período, indicando aumento real nas receitas. Mesmo descontando a inflação, trata-se da terceira vez que Mato Grosso do Sul ultrapassa a marca de R$ 1,5 bilhão na arrecadação mensal estadual.

Contudo, ao observar o desempenho acumulado nos últimos 12 meses, o cenário se mostra mais comedido: o crescimento do ICMS foi de 5,5%, praticamente empatando com o índice inflacionário. Já o Fundo de Participação dos Estados (FPE) apresentou expansão de 14,9%, indicando que os repasses federais têm sido um fator importante para sustentar as finanças estaduais.

Apesar desses ganhos, a despesa com pessoal segue pressionando o orçamento. Só em agosto, esse gasto aumentou 10,7%, superando o avanço da receita, e no acumulado anual o crescimento chega a 9,5%, quase quatro pontos percentuais acima das receitas. O cenário revela que o alívio proporcionado pela arrecadação recorde ainda precisa ser equilibrado por ajustes estruturais na máquina pública estadual.

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