O valor da produção florestal do Brasil atingiu em 2024 o recorde de R$ 44,3 bilhões, alta de 16,7% em relação a 2023, segundo a Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada nesta quarta-feira (25) pelo IBGE. Desse montante, R$ 37,2 bilhões vieram da silvicultura, segmento em que o Mato Grosso do Sul se destacou como uma das principais forças do país.
Com o avanço dos plantios de eucalipto, o Estado passou da 7ª para a 5ª posição em valor de produção da silvicultura, consolidando-se como polo estratégico para a indústria de papel e celulose. O município de Três Lagoas, que concentra grandes fábricas do setor, também ganhou projeção: saiu da 6ª para a 2ª posição no ranking nacional, com R$ 579,2 milhões em valor de produção — crescimento de 159,6% em um ano.
“Em 2024, com os avanços do plantio de eucalipto, o Mato Grosso do Sul passou de 7º para 5º em valor de produção em silvicultura. Várias fábricas têm se instalado no Estado devido ao clima propício para o eucalipto e à disponibilidade de terras”, destacou o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
Expansão das áreas plantadas
O Estado ampliou em 6,8% a área de florestas plantadas, alcançando 1,5 milhão de hectares — a segunda maior área do país, sendo 99,6% de eucalipto. Entre os municípios, Ribas do Rio Pardo lidera com 381,6 mil hectares, registrando aumento de 17,4% em relação ao ano anterior. Outros cinco municípios sul-mato-grossenses também estão entre os dez maiores do Brasil em áreas de florestas plantadas.
Contexto nacional
Em todo o país, a silvicultura manteve o protagonismo em relação à extração vegetal, que gerou R$ 7 bilhões em 2024, alta de 13%. O destaque ficou para a madeira destinada à fabricação de papel e celulose, que cresceu 28% e atingiu R$ 14,9 bilhões em valor de produção.
A celulose segue como um dos principais produtos da pauta exportadora brasileira. Em 2024, o setor movimentou US$ 10,6 bilhões, aumento de 33,2% frente ao ano anterior.
MS no mapa da celulose
Com clima favorável, grandes áreas disponíveis e infraestrutura logística em expansão, Mato Grosso do Sul confirma sua posição como potência florestal e referência na produção de eucalipto e celulose. A tendência, segundo os especialistas, é de crescimento contínuo nos próximos anos, reforçando o protagonismo do Estado no cenário nacional.