Helton Perez

Foram exibidos 12 curtas-metragens nos dois dias em que o projeto passou pela escola Arlindo Lima
O projeto “Campo Grande na Tela” está promovendo mostras e debates sobre o cinema local em 10 instituições de ensino do município. Nos dois primeiro dias de projeto foram exibidos 12 curtas-metragens, 5 na segunda-feira (26) e 7 na terça-feira (27). “Não sabia que existia filmes feitos aqui em Campo Grande”, afirma Keinny Vilhalba, estudante de 13 anos da Escola Municipal Arlindo Lima.
O Campo Grande na Tela conta com recursos do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais), oriundos da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campo Grande e a mostra de cinema está sendo promovido pela Marruá Arte e Cultura. udo foi preparado para que cerca de 320 alunos da escola se sentissem numa sala de cinema: pouca luz, telão e até pipoca foi distribuída aos estudantes, que acompanharam atentamente os detalhes de cada produção. Ao término de cada curta, aplausos calorosos eram recebidos dos alunos e, no fim, cada um elegeu seu preferido.
“Gostei mais de Preto e Branco porque eu amo futebol, e esse filme fala de um time daqui”, frisou keinny. “Adoro suspense, meu favorito foi Espera”, pontuou Gabriel de Oliveira, estudante do 7.º ano matutino.
Lugares bastante conhecidos são retratados pelas películas e muitos estudantes reconheceram a cidade nas produções. “Vi o Horto Florestal, Orla Morena, Afonso Pena nos filmes. Sempre vou até esses locais e nunca imaginei que eles foram palco de filmes locais. Sei que isso valoriza nossa cidade, ainda mais agora que muitos adolescentes irão assisti-los”, analisa a estudante Mary Beatriz, de 15 anos que cursa o 9.º do Ensino Fundamental.
Algumas histórias apresentadas surpreenderam os estudantes. “Não sabia que existiam tantos índios aqui na cidade. O documentário sobre eles foi o que mais me chamou atenção”, disse a estudante Isadora Ferreira, de 13 anos, do 9.º ano, referindo-se à produção de Sidney de Albuquerque “O Olhar Indígena Sobre Campo Grande”. Nos dias 10 e 11 de abril é a vez da Escola Municipal Hércules Maymone, que fica no Nova Lima, região Segredo, receber a mostra. Por lá a exibição é aberta ao público e acontece às 17h.
Foram exibidos: Ser Criança Em Campo Grande, de Tina Xavier; Olhar Diferente, de Marielle Oliveira; O Olhar Indígena Sobre Campo Grande, de Sidney de Albuquerque; Espera e Enterro, de Fábio Flecha; Ela Veio Me Ver e A TV Está Ligada, de Essi Rafael; Clave Latina e Preto e Branco, de André Monteiro; Tia Eva, de Ana Carla Pimenta e Vânia Lúcia Duarte; Lamento, de Eduardo Romero; e Memórias de Luz, de Farid Fahed.