O Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao SUS de duas novas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A medida inclui o anticorpo monoclonal nirsevimabe, destinado a proteger bebês prematuros e crianças com comorbidades até 2 anos, e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B, que será aplicada em gestantes para proteger o bebê nos primeiros meses de vida.
Segundo o Ministério, o nirsevimabe oferece proteção imediata ao bebê, sem a necessidade de estimular o sistema imunológico da criança. Já a vacina para gestantes promove a transferência de anticorpos para o bebê ainda na gestação, protegendo-o durante o período de maior vulnerabilidade.
O VSR é uma das principais causas de infecção respiratória grave em crianças pequenas, causando bronquiolite e outros quadros graves. Em 2025, foram registrados 835 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave em Mato Grosso do Sul, com 315 casos atribuídos ao VSR.
A vacina nirsevimabe deve começar a ser oferecida no SUS a partir do segundo semestre de 2025. Atualmente, apenas o palivizumabe está disponível na rede pública para bebês prematuros extremos e crianças com doenças graves. A nova medida visa ampliar a proteção e reduzir a mortalidade infantil causada pelo vírus.